Os deputados que aprovaram a eutanásia aplaudem-se pela sua conquista. No dia 17 de Dezembro de 2020, em Espanha, o Senado legalizou o acto que é considerado crime para milhões de pessoas, médicos, profissionais da saúde e todas as confissões religiosas.
A Igreja Católica no seu recente documento Samaritanus Bonus, recorda-nos que “tal ato é um pecado grave para a vida humana”, e “que não tolera qualquer forma de cumplicidade ou colaboração, activa ou passiva. Aqueles que aprovam leis sobre eutanásia ou suicídio assistido são, portanto, cúmplices no pecado grave que outros realizarão.
O ensino da Igreja afirma a existência do inferno. As almas daqueles que morrem em estado de pecado mortal descem para lá imediatamente após a morte e sofrem as tristezas do inferno. A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus.
Os ensinamentos da Igreja sobre o inferno são uma chamada à responsabilidade de como o homem deve usar a sua liberdade em relação ao seu destino eterno. Mas eles são, ao mesmo tempo, uma chamada premente para conversão.
Admitamos a possibilidade remota dum arrependimento parlamentar sobre esta matéria, um toque de consciência moral e ética, na atitude de querer e insistir em legalizar um crime, que sob a capa de pseudo avanço, na verdade é um imenso recuo a uma barbárie inadmissível, quando hoje já existem tantos recursos de tratamento e alívio para as últimas fragilidades da vida.
Façamos votos de que a cultura de morte seja suplantada por um bem-querer e bem-fazer a toda a humanidade. Não matando o doente, mas curando ou minimizando o seu estado de sofrimento humano.
Matar ou pactuar com o implementar a morte é horrendo, é maléfico, é perverso, mas, curar, aliviar, confortar e cuidar é magnânimo, é nobre, é ser mais humano e divino.