Caro amigo leitor, acredite que não estou a delirar, nem me tornei um “tarado sexual, ”como se dizia, em tempos idos, acerca das pessoas que viviam obcecadas pelas questões sexuais.
Com a minha provecta idade jamais eu poderia profetizar um dia vir a abordar este tema. Note-se que já vi, ouvi e li muita coisa, normal para quem está no mundo e se interessa pelos tempos. Porém, hoje, o inimaginável apareceu à minha porta em busca de uma opinião.
Um compadre amigo, rapaz da minha geração, homem do mundo sem ser mundano, estava em estado de choque e deveras agitado.
Ouvi-o com todo o gosto e prazer em o poder ajudar, e quase não queria acreditar no que me contava. Ouvi, ouvi, procurei acalmá-lo mas estava a ser inglório. Não era covid, nem medo da guerra, mas tratava-se de uma descoberta que acabara de fazer, agora que os seus queridos netinhos foram viver para sua casa.
Acontece que os petizes andam na escola, cada um em seu ano escolar, verdade que há uns tempos pareciam diferentes, os pais não sabiam o que se passaria, nem tinham tempo para se debruçar sobre o assunto.
O meu bom amigo, na sua curiosidade que sempre lhe assistiu de saber mais, procurou inteirar-se dos seus estudos e considerando que não é fácil falar com meninos que estão sempre em contactos online, ele foi directamente às mochilas. A novidade que o atraiu foi a nova disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, totalmente desconhecido por ele.
Eu já tinha ouvido uns zunzuns, mas de concreto nada sabia. Prometi-lhe então que me ia debruçar sobre o tema e o daria a conhecer, como ele tanto pedia. Mais calmo, embora não conformado lá foi para a sua vida, a sua casa e os seus descendentes.
Fui em busca dessa pérola sexual escondida mas não recatada. A apresentação desta disciplina que querem obrigatória e transversal a todas as outras, no programa do Ministério de Educação está sem mácula, doutoralmente elaborada para gente de boa-fé. Porém a estratégia de aplicação nas aulas já foi magistralmente construída para uma ”engenharia social”, quer dizer, infiltrar de forma aparentemente neutra, toda a ideologia de género que querem implementar, ou seja, uma desconstrução sexual da pessoa, nestes casos dos jovens e crianças em idade escolar, cuja fase de crescimento como todos sabemos, já por si é complicada.
Tive acesso a alguns manuais e cadernos de exercícios, nem queria acreditar…é deveras constrangedor. Pensei transcrever algumas perguntas que são colocadas aos alunos na avaliação, mas creiam que nem me atrevo, está para além de qualquer bom senso ou normalidade educativa que alguma vez vi.
Se o meu amigo saiu mais tranquilo, agora sou eu que estou perplexo, como se chegou a este ponto? Nunca se deu por nada? Andamos todos distraídos? Não sei…
Passo a questão aos leitores, peço que reflictam sobre ela, que partilhem, que procurem averiguar, pois é uma situação grave com consequência muito nefastas a nível psíquico, físico, moral, educacional e social.