Por ai, vou seguindo
Na esfera da vida
Transcendo
Não busco júbilo,
Ao contrário, quedo-me aguardando
As surpresas possam acontecer
Enquanto vivo
Enquanto solícito
Sempre pronto para seguir e, quem sabe,
O ocaso ainda demore a chegar.
Quis o infortúnio, ou outro a nominar
Fosse ao Além, donde ninguém voltou,
O amigo Zé Paulo:
O amigo Delegado
Um alguém que o crime combateu
Deixou marca, amizade,
Aos de antanho, consigo conviveram
É o seguir,
Mesmo quando nos quedamos inertes,
Assistindo o tempo passar.
O passado nos reservou acontecimentos; uns alegres, outros tristes e alguns nem tanto. “O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente…”; frase se Mário Quintana, transportando-nos à reflexão.
Quantas coisas do passado que se repetem a cada momento presente; a vida é um desencadeamento de fatos e de atos, que transcendem o passar do tempo, a nós chegando inadvertidamente. O protagonista de uma amizade pode ser outro; mas o sentimento continua igual, se reprisa.
Andamos a passos largos, dentro do espaço/tempo em permanente metamorfose. Podemos estar em lugares diversos num tempo, em permanente seguir. Resta aguardar o transcurso das quadras da vida; o paulatino envelhecer, enquanto vida restar.
O que nos aguarda no horizonte distante, quem sabe podemos vaticinar, dentro daquilo que plantamos desde a origem distante. Contudo, quanta surpresa, à distância de um simples instante? O que importa é a continuidade, enquanto se nos asseguram o prosseguir.