A tese que tento desenvolver é no sentido da similaridade entre a paixão e a união de uma mulher com um homem que lhe trará a desgraça, e a escolha “democrática”, de um presidente cujo perfil evidencia que também causará a desgraça de um povo.
Mas para que não sejamos alvo de insinuações maldosas de “lacradores” de todo tipo, ou acusados de “maxista”, “feminista”, ou seja lá o que for, a união a”dois” sobre a qual estamos cogitando é absolutamente independente do aspecto biológico ” macho” e “fêmea”. Por isso a “vítima” poderá ser também um homem,ou qualquer outra “coisa”, ou “mistura”.
Somos pela total liberdade sexual de cada um, ou seja, como diriam os franceses “chacun, chacun”. Assim, cada qual “dá” o que gosta e o que sente vontade. E ninguém mais tem nada a ver com isso. Escolhemos a mulher (normal) como “vítima” nesse quadro hipotético, caso contrário teríamos que relacionar uma infinidade de “outros” tipos sexuais. E faltaria espaço nessa “democracia” dos costumes.
O eleitorado do “réu”Lula, nem importando se em quantidade capaz de elegê-lo presidente em outubro próximo, ou não, tem uma característica muito parecida à da mulher que se apaixona por um sujeito que todos sabem que não presta. Todo mundo sabe que o sujeito não vale nada, “menos” a própria mulher “vítima”, a mulher apaixonada..
Comumente esse tipo de atração é ditada mais pelo coração e pelos sentimentos de satisfação e de prazer do que pela razão propriamente dita. Geralmente a mulher tomada pelo “vírus-do-amor” fica absolutamente insensível ante todos os questionamentos e eventuais conselhos para que se afaste do seu “amado”. E desse modo evite infelicitar a sua vida.
Deve ser daí a origem da expressão “o amor é cego”. Que dá direito a apaixonar-se por qualquer “pilantra”. E todos devem ter exemplos bem claros desse tipo de situação à sua volta.
Certamente não é desprovido de algum fundamento o apelido dado a Lula da Silva de “encantador de burros”. E esse é o grande perigo de uma (pseudo)democracia, ou de uma “democracia” mal-formada, deturpada, “mascarada”, que às vezes pode trazer mais prejuízos e infelicidade a um povo do que um governo reconhecidamente ditatorial, absolutista.
Nelson Rodrigues deixou imortalizadas duas frases respeitantes à democracia: (1)”a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”, e (2) “os idiotas vão tomar conta do mundo,não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.
Mas uma mulher ingênua, “burra”, que se apaixona por um pilantra qualquer e passa a ter uma vida em comum com ele tem muito mais facilidade de se “livrar” do “problema” do que um povo que “casa” eleitoralmente com alguém e a ele fica preso por regras jurídicas rígidas durante um certo tempo,e que seria o “preço” pago por esse povo para ter essa “democracia”, mesmo que corrompida.
Será que os idiotas serão maioria nas eleições de outubro de 2022,enquadrando os brasileiros, vergonhosamente,perante os olhos de todo o mundo – a minoria injustamente – nas trágicas definições de Nelson Rodrigues?