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A verdade “divina” das urnas eletrônicas

  • Julho 25, 2022
  • Política
  • Sérgio Alves de Oliveira
A fé “compulsória”exigida pelas autoridades judiciais “supremas” sobre  a validade “inquestionável” do processo eleitoral brasileiro,sujeitando à prisão imediata, fora do processo legal, todos os que levantarem qualquer dúvida ou suspeita sobre a lisura das eleições, nos força a pedir auxílio  a Santo Tomás  de Aquino, que ao lado de Santo Agostinho, são considerados os mais sábios filósofos do cristianismo.
Tomás de Aquino foi o grande construtor do maior sistema teológico-flosófico a partir da Idade Média. Estruturou toda  a sua filosofia partindo da premissa que tanto as verdades divinas “acessíveis” à razão, quanto as verdades divinas  “inacessíveis” à razão,seriam propostas â pessoa como objetos da FÉ.
A fé seria obrigatória,segundo o filósofo, porque a imensa maioria das pessoas não teria condições de chegar ao conhecimento de Deus pelas vias da razão,mesmo sem que descartasse essa possibilidade  aos mais inteligentes. Os impeditivos para uso correto da razão  seriam as más disposições do temperamento que desviam do saber ; os afazeres dos que se ocupam com a administração  e posse dos bens materiais,que não encontrariam tempo para a contemplação na busca do conhecimento de Deus; a preguiça para essa contemplação ; o longo tempo e as condições intelectuais necessárias para essa busca; o fato de que na  juventude a alma fica agitada pelos diversos movimentos das paixões, e por isso não ter aptidões para conhecer verdades tão profundas, uma vez que o homem se torna prudente e sábio somente na medida que as suas paixões se acalmam e,por último ; a fragilidade da inteligência humana frequentemente eivada de erros.
Portanto, assim como Santo Tomás de Aquino concluiu que tanto as verdades divinas acessíveis à razão, quanto às não acessíveis,teriam que ser aceitas  pela FÉ, mesmo que não explicadas pela razão,do mesmo modo os “supremos” juízes brasileiros estão coagindo o povo brasileiro a aceitar sem protestos um sistema  eleitoral que à toda evidência está sujeito à fraudes, e sobre o qual radicalmente se negam a adotar medidas para maior transparência eleitoral.
Na verdade de nada vale o argumento dos “supremos” ministros de que a lisura do sistema eleitoral estaria  “provada”,porque jamais foi demonstrado  ter havido qualquer irregularidade nas eleições anteriores,desde quando  as urnas eletrônicas foram implantadas em caráter geral,em 1996. Mas a adoção desse tipo de urna  deve-se ao então Juiz Eleitoral de Brusque/SC,Dr. Carlos Prudêncio,que apesar da proibição do TRE/SC, implantou a primeira votação eletrônica,nas eleições municipais de 1989. Homem de extrema  coragem e sabedoria , que tive o  grande o prazer de conhecer pessoalmente.
Pois bem,é verdade essa alegação. Mas também é verdade que jamais foi provado por “eles” não ter havido adulteração de resultados ,e que não haverá na próxima eleição.
Os que alegam a possibilidade de fraude eleitoral na verdade não conseguem provar nada, mesmo porque eles não têm em mãos as informações que seriam necessárias para provar essa irregularidade. As “chaves do cofre”. Mas o “outro” lado também não consegue provar a lisura do processo. Portanto é palavra contra palavra. E palavra por palavra,a de um juiz,mesmo que “supremo”, não vale nada mais que a de qualquer  outro.
Mas as suspeitas dos inconformados com o sistema eleitoral vigente,dentre os quais o atual Presidente Jair Bolsonaro, parecem ter fundamento pela simples razão da recusa radical das autoridades “eleitorais” de possibilitar uma conferência  em paralelo dos resultados   pelos computadores do TSE, uma auditoria para “valer”,que confirme à plenitude os resultados oficiais. É como se diz na minha terra : deve ter “boi nessa linha”!!!
Essa acusação de tentativa de golpe sobre os que suspeitam de fraude nas eleições de outubro próximo,por manipulação humana dos resultados  nos computadores, faz lembrar  a célebre frase de Vladimir Lenin, comandante “bolchevique” da Revolução Russa de 1917: “Acuse os adversários do que você faz, chameo-os do que você é”.
Sem dúvida trata-se de  uma inescondível coincidência “vermelha”.
Em   suma: os resultados eleitorais de outubro de 2022  serão alguma verdade “divina”? Acessível,ou não acessível, à razão? Deve ser aceita a vitória de Lula da Silva, a única admissível pelas autoridades eleitorais,simplesmente por  uma questão de “fé”? Imposta pelo STF e TSE?

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