Quem sabe!
Sou o começo do fim
Ao andar por este mundo
Cheguar onde agora cheguei
Rebordejando ao sabor do vento!
Lá na época de antanho
Ganhei vida; caminhar comecei
Seguindo, modificando estruturas,
Até o socialmente correto.
Quem sabe, alcancei.
Resta a lembrança
E a certeza de um dia
Ao grande horizonte,
Certamente chegar. (EALauer)
O ser humano é sociável por natureza. Não consegue socializar-se fora do convívio com seus semelhantes. A vida comunitaria possibilita externar suas potencialidades e cultivar sentimentos. Isolado, não aprenderia sequer a falar. Por isso se organiza. Na busca pelo outro sexo, dá origem ao núcleo social por excelência: a família.
São 150 mil anos de buscas, desde o “homo sapiens”; em constantes perambulações, a iniciar pela África. Satisfazer as necessidades primárias e procriar, para perpetuação da espécie, foram os primeiros objetivos. Transformações e mais transformações aconteceram, até os dias atuais.
Como nômade, em suas andanças, a luta foi parte integrante do seu cotidiano viver. Quando se fixou à terra, ainda assim a luta persistiu. Lutava por ambição, ou simplemente por defesa. Depois que experimentou o poder, nunca mais se aquietou. Dentro desta concepção, o homem é um predador. Mas isto implica em uma generalização totalmente desproporcional.
Luta-se por ideologia, por princípios étnicos e religiosos, pela riqueza dos outros e tantos motivos de somenos importância. A luta está na essência do homem: a defesa e o ataque sofisticaram as armas, dando causa a uma maior mortandade e inválidos.
Para nós, entrentanto, pobres provincianos, desta terra de São João, tudo o que queremos é a PAZ. Os ânimos belicosos por vezes afloram; a violência, porém, jámais será a tônica. O aumento da criminalidade que, por vezes, experimentamos, oferece insegurança; mas iIsto não abala nossa verdadeira vocação para a PAZ.
Pelas ruas marchando indecisos cordões/ Ainda fazem da flor seu mais forte refrão/ E acreditam nas flores vencendo o canhão (Geraldo Vandré). No músico/poeta a verdadeira lição; viva feliz, ao sabor do vento, balançando as flores do jardim de nossa existência, alimentando a esperança de uma sempre fraterna cordialidade.
O livre arbítrio foi nos ofertado para distinguir o certo do errado; viver amando as flores, deixando-nos conduzir ao sabor do vento – da liberdade e da felicidade. Sejamos fraternos. O rufar dos canhões (violência) indica vidas que se perdem numa luta insana.