Na década de 60 do passado milénio, Betty Friedan escreveu o livro “A Mística Feminina”, o qual se converteu num vademecum das feministas. Fundadora e primeira presidente da NOW (Organização Nacional de Mulheres Norte-americanas) foi uma activista incansável na luta para a libertação da mulher do lar, considerando este um “confortável campo de concentração”.
Radicalizado o feminismo nos Estados Unidos, urgia controlar a natalidade, preferencialmente nos países do Terceiro Mundo. A Multinacional da Morte (Federação Internacional de Planeamento Familiar – IPPF), já com larga experiência no controlo da natalidade, sofisticou os seus métodos em meados dos anos 80, passando a actuar nos países menos desenvolvidos. Recorreu à implementação de grupos feministas, neles localizados de forma estratégica, utilizando as infra-estruturas hospitalares, onde colocou tecnocratas que agiram em nome da “saúde reprodutiva”, um eufemismo usado para recorrer aos anticoncepcionais e ao aborto, entre outros meios.
Reivindicaram ainda, os supostos e inexistentes “direitos” dos homossexuais e lésbicas e introduziram a “perspectiva do género” como um enorme acesso à libertação sexual.
Todos estes grupos, ancorados por várias fundações e instituições, dispõem de verbas fabulosas para as suas actividades neste campo, daí a sua vertiginosa implementação.
As Conferências Mundiais das Nações Unidas sobre a Mulher, a 1ª na Cidade do México, em 1975; a 2ª em Copenhaga, 1980; a 3ª em Nairobi, 1985, tiveram como fim promover uma maior igualdade de oportunidades para a mulher. O Fórum de ONGs da 4ª Conferência a realizar em Pequim, em 1995, foi essencialmente constituído por grupos feministas radicais, preparados para tal. O documento final desta Conferência é muito ambíguo, confuso e contraditório. A palavra “género” é citada 184 vezes, sem alguma definição concreta para este termo.
Com modernas técnicas de marketing, impuseram nas escolas uma educação sexual permissiva, fomentando práticas sexuais irresponsáveis entre os adolescentes, aproveitando para divulgar o uso e a venda de preservativos.
Os manuais de instrução sexual permissiva, são elaborados por filiais nacionais em colaboração com organismos dependentes das Nações Unidas, especialmente o FNUAP e a UNESCO. A capacitação dos docentes para ministrar e desenvolver a matéria, é feita por sexólogos com o apoio da IPPF. As mais variadas uniões sexuais, casamento, concubinato, co-habitação, acasalamento ocasional, homossexualismo ou lesbianismo, são defendidas e apresentadas com o mesmo valor social. Em paralelo com a imposição estatal destes programas, funciona toda uma propaganda nos meios de comunicação social, com recurso a novelas, publicidade televisiva, entretenimentos e entrevistas encomendadas para tal fim, vídeos e revistas.
Aberta e legislada a “Caixa de Pandora”, eis-nos face a outra monstruosa calamidade – a pornografia infantil. Sem conhecimento ou consentimento dos pais, a indústria da pornografia prospera, aliada à promiscuidade, às drogas, à homossexualidade e ao sadomasoquismo, num aparente clima de tolerância promovendo e estimulando a agressividade física e sexual.
Sob a aparente capa de super população, de falta de alimentos, de protecção do planeta e de liberdade e igualdade entre sexos, assistimos não só à estratégia de extinção da família, dos direitos dos pais à educação dos seus filhos e consequente protecção destes desvarios, como também ao aniquilamento do ser humano, em toda a sua essência.
Resta-nos a certeza de que, embora silenciados pelos meios de comunicação, existem vários grupos Pró- Vida, com um excelente trabalho feito, muitos são os progenitores que estão atentos e tentam defender o bem-estar equilibrado dos seus filhos e temos também a Igreja Católica que mantém os princípios da dignidade do homem face ao seu Criador.
Esta onda de destruição, naturalmente está condenada pela sua mensagem e atitude autofágica, destruindo-se a si própria. É a Cultura de Morte no seu auge, ausente de esplendor e de vida.*
*Texto elaborado com base no livro IPPF – A MULTINACIONAL DA MORTE, de Jorge Scala