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Ciranda da vida – Reflexão

  • Setembro 12, 2022
  • Cultura
  • Ernesto Lauer

Na trajetória

A mente alça o passado

Ao convívio de tantos

E de outros tantos

Ao longo da vida

Juntos a passar.

Sou pobre sonhador

Do fictício à realidade

De uma efêmera existência

 

No atual estágio da vida, quando de uma importante celebração, por sua correlação com eventos pretéritos, é praticamente impossível não viajar ao passado. O último desfile de 7 de setembro não causou curiosidade; só desconfiei teria desfile. Meus netos, em idade escolar, não foram chamados a desfilar; daí a dúvida. Mormente, por tratar-se de uma data especial, comemorativa ao bicentenário da Independência, o evento deveria revestir-se de certa magnitude.

Será que, no nosso tempo de estudantes, a brasilidade cívica era maior? Evidente que a resposta cabe a cada um dos leitores; quanto a mim, com clareza meridiana, a resposta é um sonoro SIM. Lá no distante ano de 1953, quando o primeiro ano primário, não muito depois do início do ano letivo, aprendemos a cantar o Hino Nacional.

Em datas especiais, como Dia de Tiradentes, Semana da Pátria, Semana Farroupilha, Proclamação da República, dentre minhas lembranças, eram comemoradas em “Hora Cívica”, no pátio do Grupo Escolar 14 de Julho, com diversas apresentações de parte dos alunos.

Quando fui para o São João Batista, a obediência aos toques do sino era rigorosamente observada. Aos primeiros badalos, entrar, formar fila e observar a distância de um braço do colega da frente (cobrir); os menores à frente. No segundo e longo sinal, o silêncio imperava; fila por fila subia-se as escadas para as salas de aula. Regras que se impunham como obediência à ordem e obediência.

Da mesma forma, o amor à pátria se impunha;  todos os anos, mal começava o mês de agosto, em algumas manhãs, os alunos saiam pelas ruas em treino de marcha.  Os  integrantes da banda ensaiavam todas as tardes, depois do  período de aula.

Além do uniforme normal: calça na cor cáqui e camisa verde, com a inscrição São João, em relevo, havia o uniforme de gala: a camisa verde, calça branca, tênis branco  e meia branca. O tênis era uma verdadeira tristeza, pois ao simples toque, o branco sujava. A gente passava giz, farinha de trigo, alvaiade, entre outras substâncias. As meias insistiam em descer, adentrando nos calçados; não tinham elástico que as segurassem.

Mesmo assim, vestiam-se os uniformes com orgulho. O de gala era de uso obrigatório em todas as solenidades oficiais. Regra investida de ordem, para qualificar os homens: o Brasil do Amanhã. Creio que, neste ponto, nossa educação alcançou os objetivos previstos. Fomos – em muitos casos continuamos sendo – os construtores de um novo tempo.

Ao longo da vida fomos muitos, a sair pelos quatro cantos, em busca da concretização do aprendizado. Muitos dos sonhos foram possíveis; outros tantos, quedaram-se inadequados pelo caminho. Do fictício à realidade; da efêmera existência o saldo do enfrentamento foi positivo. Ainda continuamos a compartilhar as coisas do presente, recordando o passado e continuamente preparando o futuro para os nosso prósperos.

 

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