O que mais surpreendeu nas eleições de ontem, 2 de outubro, foi a estupenda vitória dos candidatos apoiados pelo Presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, nos Estados, para deputados federais, estaduais, senadores, governadores e “vice”, totalmente desproporcionais à sua própria “derrota”,com menor votação (43,20%,com 51.071.277 votos),em primeiro turno, para o candidato Lula da Silva (48,43%,com 57.258.115 votos).
Somente um “milagre” poderia explicar esse “malabarismo” eleitoral, que não tem qualquer amparo na lógica política.
Não se trata aqui absolutamente de qualquer acusação ou insinuação de irregularidade intencional na apuração e divulgação dos resultados, mas tão somente de uma questão que necessariamente deverá ser esclarecida, por quem de direito.
Nos termos da Resolução Nº 23.677, do TSE, as “totalizações” dos votos e a divulgação dos resultados das eleições de primeiro turno, e segundo, se e quando houver, como agora é o caso, para Presidente e Vice-Presidente da República, serão da responsabilidade exclusiva do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, ao passo que todas as demais totalizações para deputados federais e estaduais, senadores, governadores e vice-governadores dos Estados, serão da responsabilidade dos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais-TREs.
Algum problema de “comunicação” entre as urnas e os computadores do TSE e dos TREs na apresentação das respectivas totalizações? Como explicar essa absoluta falta de lógica política entre as apurações estaduais dos TREs e a “Central” do TSE?