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Entre Likes y Selfies

  • Outubro 7, 2022
  • Conexão | Brasil x Portugal
  • Maria de Oliveira Esteves

1 – PORNOGRAFIA E SAÚDE MENTAL

Neste dia alusivo à saúde mental, apraz-me reflectir sobre o tenebroso problema da normalização da pornografia.
Se, há alguns anos, esta realidade era considerada uma perturbação sexual, hoje é definida como um “ comportamento sexual compulsivo”, incluído nos distúrbios de controlo de impulsos.

Vários estudos realizados em consumidores de pornografia revelaram alterações neurobiológicas e mudanças de funcionamento na própria configuração cerebral, afectando o cérebro e a sua plasticidade conforme os hábitos de consumo, comprometendo capacidades cognitivas, como a memória e a motivação, reduzindo o poder de tomar decisões.

A pornografia é um estímulo superior ao normal, é uma versão sexual exagerada e estereotipada que provoca a libertação cerebral de hormonas como a dopamina, a serotonina e a oxitocina, as quais provocam os sintomas de adicção.

A sensação de bem-estar resultante da dopamina, num estado de felicidade e de prazer, provoca habituação e implica o recurso a mais e mais consumo, tal como o álcool e as drogas.

Sendo uma experiência imaginária e de ficção, muito longe da realidade sexual concreta do ser humano, os seus protagonistas são sempre exagerados e extravagantes, insatisfeitos e infelizes.

Muitas pessoas que tiveram contacto ocasional com material pornográfico, acabaram transformando-o num hábito, ficando dependentes.

Tudo o que vemos, ouvimos ou lemos, tende a reflectir-se no nosso EU, tanto para o bem como para o mal. Importa saber escolher o que pode ser útil para o equilíbrio afectivo, físico, emocional e social.

A frequência com que os meios de comunicação, as revistas, a literatura, a música, a arte, a televisão e a publicidade nos inundam com informação de conteúdo sexual, exerce um estímulo cerebral constante que facilmente pode conduzir-nos a comportamentos aditivos.

A pornografia está à distância de um clique, entre selfies e linkes é fácil aceder-lhe, em qualquer lugar ou idade. É anónima, não tem nome nem rosto; não custa dinheiro, é só aceder à Net; está acessível nos muitos canais disponíveis e é considerada por muitos como mais um entretenimento. Porém a realidade já nos revelou que as suas consequências se tornaram um flagelo social, que nos deve levar a uma reflexão profunda e consequente actuação.

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