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Não Deitar a Esperança Pela Janela Fora

  • Outubro 28, 2022
  • Conexão | Brasil x Portugal
  • Maria Helena Paes

Sinto-me como que aprisionada dentro de mim própria, devido a uma paragem, que se pretendia curta, por motivos de saúde. Surgem as consequências imprevistas associadas a problemas do dia-a-dia e com coisas muito boas, que também vão acontecendo, graças a Deus. Bem, de qualquer modo, parece que as energias já são não são as mesmas! O melhor é resolver uma situação de cada vez. Achei imensa graça, num destes dias em que me debatia com diferentes situações ouvir o meu filho dizer-me que reagisse, as enfrentasse, e não as valorizasse: “Mãe, um feijão é muito pequeno, mas se o colocares em água ele vai crescendo, cada vez mais”.

Fez-se um clique. Estava-me a deixar arrastar pelos acontecimentos sem ter a força necessária para reagir e ultrapassar. Tal não podia acontecer, de modo algum! Urgia enfrentar com os mecanismos existentes ao meu alcance e, se necessário, procurar novos apoios. É preciso partir para a luta, enquanto puder ciente de que nada se faz sem esforço, empenho e dedicação. Também se torna importante, quando possível, rodear-nos de pessoas que nos trazem luz, que também nos iluminam com a sua inteligência. Não podemos esquecer que a nossa passagem por este mundo constitui uma ocasião única, logo, só temos também uma única oportunidade de sermos uma luz e, se possível, um testemunho positivo da nossa existência terrena. Que um dia ao partirmos dissessem de nós: “Esforçou-se por fazer o bem”!

Vivenciamos momentos particularmente difíceis a diferentes níveis, que dão origem a enormes e reais preocupações. Santo Agostinho referiu: “Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer”. A esperança não nos deve faltar, ainda que, como escreveu o mesmo Santo: “Seja necessário subir ao calvário, sofrer e renascer”. Por outro lado, São Josemaria no livro “Sulco” escreveu: “Os problemas que antes te esmagavam – pareciam-te cordilheiras altíssimas – desapareceram por completo, resolveram-se de maneira divina, como quando o Senhor ordenou aos ventos e águas que acalmassem. – E pensar que ainda duvidavas! …Confiando em Deus – confiando deveras! – As coisas acabam por ser fáceis. E, além disso, ultrapassa-se sempre o limite do imaginado. Pois é. Torna-se difícil ser positivo quando parece que tudo se desmorona à nossa volta.

Hoje vivi uma experiência que, de algum modo, coroou um esforço desenvolvido. Convidaram-me para escrever um poema para uma antologia. Facultaram-me o tema. Pensei interiormente: “Não sou capaz! Lutei comigo própria referindo: “És capaz. Fá-lo!” Sentei-me em frente ao computador e durante horas tentei escrever o poema. Várias vezes apaguei alguns versos e recomecei. No final achei que não estava assim tão mal. Confesso que com algum receio enviei para a editora a pensar que seria recusado. Contudo foi aceite. E hoje tive a oportunidade de o ver já publicado. Na verdade, nada se faz sem esforço, vale mesmo a pena tentar. Outra situação que acarretou um enorme sofrimento para toda a família foi observar a degradação física de um jovem familiar devido a um derrame cerebral. Quando todos temíamos que o pior pudesse acontecer, com muitas pessoas a rezar por ele, o milagre viria a acontecer. Foi internado de urgência em estado muito grave e preocupante. Graças a Deus a operação viria a ser um sucesso e começou todo um processo de recuperação espantoso. Deus é Pai e cuida de nós. Santa Maria terá certamente intercedido por este seu filho, ouvindo as nossas orações.

O Papa Francisco referiu: “Se soubermos atravessar a solidão e a desolação com abertura e consciência, poderemos sair revigorados sob os aspetos humanos e espiritual. Nenhuma provação está fora do nosso alcance. Nenhuma provação está além do que podemos fazer. Mas, não fugir das provações. São Paulo lembra que ninguém é tentado além das suas próprias possibilidades, pois o Senhor nunca nos abandona e, tendo Ele perto, poderemos vencer as tentações. Se não as vencermos hoje, levantemo-nos novamente, caminhemos e amanhã as venceremos. Mas não permanecer derrotado por um momento de tristeza, de desolação: vá em frente”. Concluo este artigo denominado: “Não deitar a esperança pela janela fora”, recorrendo a Santa Maria, Rainha da Paz e da Esperança para que interceda por todos nós, principalmente pelos que mais sofrem.

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