O tempo marcará o nascimento de Cristo;
Teve uma manjedoura por berço,
Numa simbologia determinante
Das coisas simples ao correr da vida.
No Natal festejamos o nascimento de Jesus, em Belém de Judá. Marca o ano 1 da era cristã, celebrada no dia 25 de dezembro, desde o ano de 440. Não se sabe ao certo o dia em que Cristo nasceu. A maior parte dos cristãos comemora o seu nascimento em 25 de dezembro, com animadas festas entre amigos e parentes (os ortodoxos o festejam no dia 7 de janeiro, pois adotam o calendário Juliano).
Mas, antigamente, o Natal não era tão festivo; apenas um acontecimento religioso. As alegres festas de Natal começaram a surgir na Alta Idade Média, quando se começou a confundir a provável data do nascimento de Jesus com o solstício de inverno. Os antigos povos europeus comemoravam a volta do sol, depois da mais longa noite do ano, com muita festa. Por isso, o Natal deixou de ser um simples marco religioso, para tornar-se uma festa profana, festejando com muita alegria o nascimento do menino Jesus.
Em preparação, a festa máxima da Cristandade, os alemães deixam esse clima de festa tomar conta dos lares, desde o primeiro dia de dezembro. É o tempo de advento e as famílias começam a montar o “Adventskranz” – coroa de advento – assim como decoram a casa com verdes, bolas e fitas; as crianças começam a contar o tempo no calendário natalino. O dia 6 de dezembro é de expectativa, pois vem o “Sanct Nicolaus “(São Nicolau), trazer balas e chocolates para quem foi comportado.
O advento é o período de espera pelo Salvador. Para os descendentes de alemães, o advento se caracteriza como um período de preparação para o Natal, onde acontecem rezas, pedidos e agradecimentos pelas bênçãos recebidas. Na Igreja Católica este é um período de novenas e de encontros familiares. Tempo em que as crianças cantavam em alemão, músicas como: “Am weinacht baum die lichter brennen, o tannen baum ou ihr kinderlein komen”. Depois, faz-se um agradecimento e uma das crianças apaga a vela. Isso ocorre nos quatro domingos que antecedem o Natal.
Já a figura simbólica do Papai Noel remonta ao século IV e veio por inspiração do Bispo Nicolau, que viveu no início deste tempo, em Mira, na Turquia. Segundo a lenda, ele era filho de uma família muito rica e desde pequeno gostava de ajudar aos pobres da cidade. Atirava sacos de moedas pelas chaminés das casas e, em uma das vezes, o dinheiro caiu dentro de uma meia, que secava junto à lareira. Foi assim que surgiu a ideia do pé de meia na lareira ou na janela, para que o Bom Velhinho pudesse colocar os presentes.
O Bispo foi santificado (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano. Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino, que também eram as cores do refrigerante.
NATAL É AMOR, A TRANSCENDER AS FRONTEIRAS DO EU.