O terço é o intercâmbio entre Deus e a humanidade, que se foi adaptando às necessidades de cada época na salvação dos homens.
Quanto à origem mais remota do Santo Rosário, podemos dizer que nasceu no mistério da Anunciação, com a saudação do Arcanjo São Gabriel à Virgem de Nazaré: “ Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo “ (Lc 1, 28). A oração tem sua continuidade nas palavras inspiradas pelo Espírito Santo que saíram da boca de Santa Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42).
Maria pediu-nos, durante as diversas aparições, a oração do Rosário. Segundo a tradição, no século XIII, São Domingos de Gusmão recebeu o Rosário da própria Virgem Maria, como uma arma para vencer as heresias. Dessa forma, a Virgem do Rosário alcançou a São Domingos a vitória sobre a heresia dos albigenses e ele fundou a Ordem dos Dominicanos.
Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios. O Papa São Paulo VI disse “é o resumo de todo o Evangelho “.
O Rosário aparece em múltiplos momentos da vida da Igreja. Já no afresco do Juízo Final, pintado por Miguel Ângelo na Capela Sistina do Vaticano de 1536 a 1541, estão representadas duas almas a serem puxadas para o Céu por um Terço. São as almas de um africano e de um asiático, mostrando a universalidade missionária da oração.
O culto a Maria encontra a sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração Mariana como o Santo Rosário. Outro grande momento da divulgação do Terço, é sem dúvida Fátima. “ Rezar o Terço todos os dias “, é a única coisa que a Senhora referiu em todas as suas aparições. O Papa São João Paulo ll acrescentando-lhe os cincos mistérios Luminosos, foi um marco importante na devoção. Mas a ligação deste Papa a esta oração é de sempre: dizia, “ o Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa na simplicidade e na profundidade. Acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. Encontrei sempre conforto “. O Terço é uma “arma espiritual “ poderosa capaz de vencer os maiores males que mais nos afligem actualmente, como o divórcio, o materialismo, o feminismo, o aborto e a ideologia do género. No entanto, todos estes não são fins em si mesmos, mas apenas meios para alcançar um fim hediondo que é a destruição da família.
O Papa São Pio X disse: “se quiseres que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias o Rosário. Em nossa vida Senhora, também há de tudo, nos nossos caminhos estão semeados flores e espinhos. Cada um de nós vai rezando pela vida afora o seu próprio Rosário. Todos andamos à procura da paz, como da fonte no verão. Não há paz enquanto houver grades e trevas. A paz anda em liberdade, não pode viver presa. Começa por procurar a paz em ti mesmo e mantém-te sempre alerta. Tudo é importante na oração do Terço: O desfiar lento da Avé Maria, cinquenta vezes repetida. O Pai Nosso, qual descanso em cada um de nós. A ladainha, flores do nosso coração atiradas a Maria. Mas o mais importante nesta oração é a consideração dos Mistérios. Neles estão sempre unidas a vida de Cristo e a vida da Sua Mãe. Duas vidas que caminham juntas no meio das aflições e alegrias.
O nosso Terço é um galanteio a Maria. É uma prece sincera cheia de esperança e contemplação. Ao terminar, como último grito, chamamos-te Rainha da Paz. Sempre que perdemos a paz, sempre que tivermos de a procurar na Tua fortaleza, voltamos a gritar-te Rainha da Paz, nos lares, nos corações, nas ruas, nos Templos e nos nossos ideais e sonhos.
Terço na mão e fé no coração.