A resposta é bastante simples: porque o PT “ordenará” ao TSE que assim não proceda e que absolva Bolsonaro da inelegibilidade.
Mas por quê? Se o Bolsonaro se constitui no INIMIGO NÚMERO UM da esquerda?
É porque não interessa ao PT impedir a candidatura Bolsonaro para disputar a Presidência da República em 2026, com Lula, ou outro qualquer candidato da esquerda. Simples, não? Bolsonaro seria o candidato ideal para “eles” derrotarem, evidentemente nas “suas” visões. Por isso, a qualquer preço, não pode ser impedido de concorrer com Lula ou um“poste”seu.
A “ação de investigação judicial eleitoral” (AIJE) ajuizada pelo PDT-Partido Democrático Trabalhista, contra o então Presidente Jair Bolsonaro, pedindo ao TSE inclusive a sua inelegibilidade para as eleições de 2026, pela prática de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, em face das suas declarações na reunião que fez com Embaixadores, em 18.07.22, colocando em dúvida a segurança das urnas eletrônicas para as eleições, tem elementos suficientes para o colegiado de Ministros do TSE, em Seção Plenária, fazer um malabarismo qualquer, como geralmente fazem, valendo-se de uma legislação “inchada” de leis, e “remendos” de todo tipo, e decidir tanto num sentido, quanto noutro, ou seja tanto acatar, quanto rejeitar o pedido.
Mas eu particularmente teria enorme curiosidade de saber o que o ex-Governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola, ”pai” do PDT, se vivo estivesse, acharia dessa constrangedora postura do “seu” PDT, de servir de “colhões”, de “sparring”, para o PT, nesse seu objetivo. Certamente Brizola não gostaria.
Mas o TSE não perdeu tempo em “arranjar” reforços para comprometer mais a candidatura de Bolsonaro para 2026. Chegou ao cúmulo de mandar incluir no processo da AIJE uma mera “minuta” de decreto de ação de “Estado de Defesa”que teria sido encontrada no gabinete do Ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública, de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, na época dos ataques de 8 de janeiro, não havendo identificação de autoria, numa tentativa de acrescentar no Direito Penal a criminalização da “minuta”, algo jamais visto em qualquer ordenamento jurídico do mundo.
Na verdade o PT está com medo das novas lideranças políticas que estão surgindo no Brasil, e que poderiam perfeitamente enfrentá-lo e ate´derrotá-lo”, seja com Lula, seja com o seu “poste”, numa eleição.
Estão aí “mostrando serviço” os governadores de São Paulo, Tarcisio de Freitas, de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, potenciais candidatos oposicionistas à Presidência com plenas condições de derrotar Lula, ou seu “poste”.
Também, na atual composição do Congresso têm no mínimo meia dúzia de lideranças perfeitamete habilitadas para competir à Presidència. Bem sabe o PT que mesmo contando com 100% do apoio dos “seus” juízes eleitorais, e das suas “máquinas”de apurar votos, jamais poderá desprezar por inteiro o elemento “voto” das multidões, que no dia em que tomar consciência de qualquer irregularidade eleitoral, de alguma fraude, poderá “virar a mesa’, com consequências imprevisíveis para o “Sistema”.
Mas todos esses possíveis candidatos presidenciais teriam que enfrentar o mesmo obstáculo quase intransponível que derrotou Bolsonaro nas eleições de 2022, ou seja, a Justiça e o “Sistema” Eleitoral. “Probleminhas” esses muito mais difíceis de superar do que a obtenção dos votos necessários para vencer.
Mas de todos os possíveis adversários para enfrentar o PT na eleição de 2026, o que chegaria a essa “final” com o maior desgaste de todos seria certamente o ex-Presidente Bolsonaro, boicotado e sabotado pela esquerda enquanto foi Governo, de 2019 a 2022, e “massacrado” durante todo o tempo do novo Governo de Lula, que assumiu em 1º de janeiro de 2023. Portanto essa seria a candidatura oposionista ideal, dos “sonhos” do PT, para 2026. Certamente a esquerda supõe que a imagem de Bolsonaro não resistiria o desgaste de ter sido “batido”durante 8 anos. Por isso seria o candidato de oposição “ideal”para o PT.
A essa altura dos acontecimentos, se verdadeiramente Jair Bolsonaro for aquele patriota, como se define, ele teria que considerar a hipótese de abrir mão da sua candidatura em prol de uma dessas “caras novas” que estão surgindo na oposição ao PT e seus“asseclas”, mesmo porque a sua absolvição da inelegibilidade pelo TSE está na muito “à vista”, o que será “ordenado” por Lula, que preferirá competir em 2026 com Bolsonaro, do que com qualquer outro. Não é do interesse da esquerda que Bolsonaro seja condenado à inelegibilidade.
Resumidamente: o maior “azar” que teria a esquerda e o PT seria a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade na AIJE, ou em outra qualquer das ações que tramitam no TSE. Ao contrário de Bolsonaro, as “caras novas”não entrariam na disputa com Lula, ou outro, com igual desgaste que teria Bolsonaro, embora tivessem que arranjar meios de superar os mesmos obstáculos que Bolsonaro teria que enfrentar se fosse ele o candidato “finalista”.
Mas Bolsonaro teria que ter consciência, se fosse verdadeiramente o patriota que se define, que a saída do povo brasileiro do buraco quase irreversível em que foi metido pelo PT dependerá muito mais da expulsão eleitoral dessa gente do poder do que de uma nova vitória de Bolsonaro
Trocando em miúdos, temos que usar de todos os meios para derrotar Lula, e nesse objetivo Bolsonaro poderia ajudar abrindo mão da sua candidatura em benefício da nova liderança que surgisse para afastar Lula do Palácio do Planalto.
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