“A ideologia de género é a mais perigosa das colonizações ideológicas porque vai mais além da questão sexual. É perigosa porque dilui as diferenças, e porque a riqueza dos homens e mulheres e de toda a humanidade é a tensão das diferenças”, disse o Papa Francisco ao jornal argentino ‘La Nacion’, a 11 de março de 2023. Vaticano publica novo documento sobre ideologia do género, rejeitando construções «fictícias» da identidade sexual
“A questão de género vai anulando as diferenças e fazendo um mundo igual, todo cego, tudo igual. E isso vai contra a vocação humana”, realçou.
Francisco referiu também que faz “sempre uma distinção” entre o que é cuidado pastoral para pessoas que “têm uma orientação sexual diferente e o que é ideologia do género.
“Homem e mulher os criou”.
A Santa Sé, a 11 Junho de 2019, já tinha publicado um documento sobre a “ideologia do género”, contestando quem pretende eliminar a diferença homem e mulher.
“A formação da identidade baseia-se na alteridade; na família, a relação perante a mãe e o pai facilita à criança a elaboração da sua própria identidade-diferença sexual. O género ‘neutro’ ou ‘terceiro género’, pelo contrário, surge como uma construção fictícia”, referiu o cardeal Giuseppe Versaldi, prefeito da Congregação para a Educação Católica, organismo responsável pela publicação.
O ministro da Educação do Vaticano assinalou, em entrevista ao portal ‘Vatican News’, que as “teorias do gender, particularmente as mais radicais, distanciam-se dos dados naturais da biologia e da ciência, chegando ao ponto de impor uma opção total pela decisão pressionando o sujeito emotivo”. Não podemos faltar à nossa identidade aderindo a um pensamento único que gostaria de eliminar a diferença sexual, reduzindo-a um mero dado ligado às circunstâncias culturais e sociais.
“Há muita confusão e nas escolas e corre-se o risco de impor um pensamento único fruto de uma ideologia tenebrosa cujo fim é anular o ser humano em benefício das futuras perspectivas transhumanistas.
O documento do Vaticano conclui com proposta de discernimento sobre “a verdade da pessoa e sobre o significado da sexualidade humana”, algo que cada pessoa “deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece”.
Em novembro de 2013, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou uma carta pastoral sobre o tema, na qual se sustenta que ideologia do género pretende provocar uma “revolução antropológica”, secundarizando a identidade sexual como “condição natural e biológica”.
O documento identifica um conjunto de “campos” em que esta ideologia tem vindo a promover o que se denomina por “rutura civilizacional”, que passa, entre outros, por uma “promoção de alternativas à linguagem comum”.
“Assim ficaria aberta a porta para a legitimação das uniões homossexuais e para o aparecimento de diversas alternativas à família de sempre, já não constituída por uma mãe, um pai e filhos, com raízes na sexualidade, matriz da nossa identidade”, alertam os bispos católicos.
“Em vez de sexo (algo de básico, identificador da pessoa) fala-se em género (construção cultural e psicológica de uma identidade); em vez de igualdade entre homem e mulher, referem a igualdade de género; a família é substituída por famílias”.
Este não é, nem pode ser um tema irrelevante, pois na sua base e origem está definida uma perpétua perseguição à família, ao casamento, à educação moral e espiritual dos filhos e toda a sabedoria tradicional e filosófica da origem do seu humano, da sua riqueza, da sua dignidade e sentido de vida.
Hoje, que sabemos como está a ser implementada a existência de casas de banho bizarras, que os nossos filhos e netos terão de frequentar obrigatoriamente, já podemos avaliar da prepotência dum governo que, no meio de um caos educativo, só pensa em casas de banho mistas.
Guerra não é só com armas, esta é uma guerra ideológica, destrutiva do caracter, da personalidade e da identidade dos nossos jovens.
Pais e avós de Portugal, uni-vos para defenderem o futuro, o equilíbrio físico, emocional, moral, sexual e psíquico das novas gerações.
Em nome duma pseudoliberdade e compreensão estamos a ser subvertidos pela pior promiscuidade que alguma vez existiu numa Europa civilizada, a qual nos é imposta de forma autoritária e totalitarista, semelhante a tantas outras aberrações que os “ismos”* do século XX implementaram.
*Comunismo, Fascismo e Nazismo.