A inversão de valores propagada pelos media revela um projecto incisivo de destruição da moral cristã e de toda a antropologia que há séculos ajudou a formar o nosso continente europeu.
O liberalismo sexual, no qual se inclui a causa gay, conquistou e dominou os principais jornais, as cadeias de televisão e também Hollywood. Nem a Disney escapou a esta euforia de moldar as mentalidades a partir dos mais pequenos. É uma verdadeira guerra ideológica contra o padrão de moralidade existente.
Não se iluda o leitor porque não é uma evolução, regressão ou inversão do curso natural da história. Pelo contrário, é a implementação de uma agenda determinada, delineada e amplamente financiada, cujo objectivo é minar os fundamentos da sociedade ocidental – o direito romano, a filosofia grega, a moral judaico-cristã – e, em última análise, a natureza humana.
Quase todos os programas de governos actuais têm na sua agenda política o combate aos últimos resquícios de fé católica que ainda restam na sociedade. E essa agenda ideológica encontra eco sobretudo nas Organizações das Nações Unidas, sem qualquer dúvida, a mais interessada na chamada “Nova Ordem Mundial”. Esta perseguição sistemática à religião cristã e, mais especificamente à Igreja Católica, explica-se pelo facto de ser a única a apontar as principais consequências desta estratégia global de desconstrução.
Salientando que o direito natural se refere ao que está inscrito no próprio ser da pessoa, logo leva a concluir que existe uma moral humana já pré-estabelecida, com direitos e deveres naturais, conforme a ordem da criação. Não corresponde a um direito revelado, mas a uma verdade originária do ser humano, que através da razão lhe indica aquilo que é justo ou não.
Esta defesa do direito natural foi a grande diferença entre o cristianismo e as outras religiões existentes no início do primeiro milénio: “ Ao contrário doutras grandes religiões, o cristianismo nunca impôs ao Estado e à sociedade um direito revelado, nunca impôs um ordenamento jurídico derivado duma revelação. Mas apelou para a natureza e a razão como verdadeiras fontes do direito; apelou para a harmonia entre razão objectiva e subjectiva, mas uma harmonia que pressupõe serem as duas esferas fundadas na Razão criadora de Deus”, (Cf. Bento XVI ao Parlamento Federal da Alemanha em 2011).
O direito natural com a influência dos positivistas, passou a ser menosprezado, dando preferência a uma ética subjectiva com implicações no conceito de justiça, de bem e de verdade.
A justiça e a ética caíram no relativismo. Cada um julga-se a si mesmo, julga ser conhecedor do bem e do mal. E “quando a lei natural e as responsabilidades que implica são negadas, abre-se dramaticamente o caminho para o relativismo ético no plano individual e aos totalitarismos de Estado no plano político”.
A Igreja condena esta perversidade pela falsa sensação de liberdade que apregoa. É a mesma liberdade oferecida pela serpente do Éden à Eva, a falsa beleza que, na verdade, é escravidão.
O Magistério Católico é, neste sentido, um dos únicos baluartes da justiça e da dignidade da pessoa humana, daí a premência de a denegrir, difamar e perseguir.
O trabalho da elite globalista – diga-se a ONU, a Imprensa, as ONGs esquerdistas e feministas radicais – consiste, única e exclusivamente na destruição destes pilares da lei natural. Impõem a educação das crianças pelo Estado, nas escolas, conforme a cartilha ideológica que defendem e querem implementar a todo o custo.
É um programa totalmente subvertido de controlo comportamental e sexual, que está sendo colocado em prática, descaradamente, nos Estados Unidos, em França, na Suécia, na Holanda e até já mesmo em Portugal, como vamos constatando pelas notícias que nos vão chegando.
Na actualidade, a Igreja é atacada e difamada, o valor da vida humana é fortemente destruído e negado, a Verdade foi substituída por ideologias perversas e enganosas. Sob a capa de novos direitos lutam desesperadamente pela legalização do aborto, da eutanásia, da pedofilia, da prostituição e da pornografia.
Óbvio que clamar contra estes negócios é politicamente incorrecto dado o caracter lucrativo que todos os defensores, activistas e protectores mantêm ocultos, não permitindo que se noticiem nem se abordam, pois, como diz o povo; “o segredo é a alma do negócio”.