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Ciranda da Vida – UMES

  • Maio 22, 2023
  • Cultura
  • Ernesto Lauer

 

Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude!

(Augusto Cury). 

 

Não somos simples caminhantes; do seio materno ao envelhecer, quando do ocaso. Ao contrário, a nós o mundo se abriu por caminhos e veredas, subidas e descidas, em terra agreste ou em empoeirados planos, a transcender os lineares percursos que nos foram idealizados, pelos que nos amaram, mas conosco não seguiram.

Quem sabe, por mim próprio, jamais teria frequentado os bancos escolares ao aprendizado das letras. Continuaria brincando e correndo pelas ruas da cidade, subindo em árvores e pilotando imaginários aviões. Pois, com sete anos, segui ao Grupo Escolar; seis meses depois já conseguia ler as placas ao longo dos caminhos. Deu-me grande prazer e satisfação. Em pouco tempo estava lendo gibis e a satisfação redobrou.

O tempo andou; conclui o curso primário e ingressei no ginásio, depois de aprovado no exame de admissão. A vida estudantil tomou outro rumo; como estudantes secundaristas tínhamos direito à carteira estudantil, através da União Montenegrina de Estudantes Secundários – UMES.

Sempre gostei da política estudantil. O Grêmio Literário foi o embrião associativo dos estudantes secundaristas. Nas reuniões semanais, oportunidade para apresentação de trabalhos, poesias, declamações e assuntos literários discutidos. Cada semana alunos diferentes apresentavam trabalhos. As poesias que decorei data daquela época.

Os grêmios tinham diretoria, cujos membros eram de livre escolha dos estudantes. Por isso, anualmente acontecia uma disputa eleitoral, com direito a propaganda e divulgação das propostas. Formamos uma geração altamente politizada, por cedo o início do aprendizado.

 

A atividade política extrapolava as fronteiras do colégio, alcançando a totalidade dos estudantes secundaristas, através da União Montenegrina de Estudantes Secundários. Uma entidade dinâmica e representativa; muito atuante. O processo de escolha do seu presidente e vice, entre  os colégios São João, São José e Jacob Renner, envolvia uma acirrada disputa. Nas madrugadas,  pintávamos o asfalto com o nome dos candidatos. Eles passavam de sala em sala, expondo as suas metas e o trabalho a ser desenvolvido.

No dia da eleição, a atividade  era intensa, de modo especial junto as gurias do colégio das freiras. Normalmente a eleição polarizava representantes  dos colégios São João e Jacob Renner. A atividade era reservada ao sexo masculino. Não sei se por acomodação ou por falta de tempo, mas moças nunca se candidataram aos cargos da entidade. Este foi um período de transformação, as mulheres conquistando o seu espaço, livrando-se das amarras machistas.

A UMES promovia torneios em diversas modalidades esportivas e o baile anual dos estudantes. Um dos marcos de sua atividade foi o  intercâmbio entre estudantes de municípios vizinhos. Com Bento Gonçalves mantivemos um intercâmbio por vários anos, de modo especial quando havia um evento na cidade.

Dentre os ex-presidentes, destaco o Nathanael Barreto e o Dirceu Goulart. O primeiro foi totalmente inovador, incentivando atividades entre os estudantes secundários. Já o segundo, possibilitou o conhecimento além fronteiras do nosso estado. Fomos até Curitiba, num intercâmbio com os estudantes daquela capital. A Casa do Estudante do Paraná serviu-nos de morada e de alimentação. Por trem descemos até  o porto de Paranaguá, numa viagem inesquecível e belíssima.

A UMES ganhou uma casa no Parque Centenário, depois da Festa dos Cem Anos de Emancipação. Um presente da Comauto, através do João Carlos e do André.  Da união de estudantes nada mais ouvi falar, nem a mim chegou pelos jornais.

 

 

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