A Jornada Mundial da Juventude é também para os avós! Com entusiasmo, desde o início da preparação da Jornada, deitaram mãos ao trabalho organizando-se para apoiar os jovens voluntários no que é preciso fazer, ofereceram-se como famílias de acolhimento disponibilizando-se para receber jovens peregrinos em sua casa e, talvez mais importante, desde cedo se organizaram em correntes de oração pelos frutos da Jornada e até, alguns, quiseram ter uma maior proximidade orante “adotando” um neto, de entre os responsáveis pela organização da Jornada, pelo qual rezaram mais intensamente.
Uma característica, talvez a principal, na espiritualidade das Jornadas Mundiais da Juventude, é a alegria. O Papa Bento XVI assim o descreve da sua experiência na JMJ em Madrid: “estes jovens – os voluntários – estavam, visível e «palpavelmente», inundados duma grande sensação de felicidade: o tempo dado tinha um sentido; estes jovens fizeram o bem – sem olhar ao peso e aos sacrifícios que o mesmo exigia – simplesmente porque é bom fazer o bem, é bom servir os outros.” “Com o próprio tempo, o homem oferece sempre uma parte da sua própria vida” (1): Como os avós, bem entendem o significado profundo desta frase! Sim, eles têm oferecido grande parte da sua vida e por essa razão conhecem essa grande sensação de felicidade porque é bom servir os outros: a família os filhos, depois os netos…e os amigos, e os amigos dos amigos e todos!
No entanto a participação dos avós tem outra característica. Será um momento de alegria esfusiante? Talvez não, porque a sua alegria tem a raiz em forma de esperança: os avós têm muito presente a falta de alegria, a tristeza interior que se pode ler em muitos rostos dos jovens de hoje quando se perguntam sobre se existir como pessoa humana é verdadeiramente uma coisa boa. Só uma fé verdadeiramente operativa pode fazer-nos felizes a partir de dentro. Esta tem sido uma das maravilhosas experiências das Jornadas Mundiais da Juventude e esta é também a enorme esperança dos avós!
Que fazer, então? Qual o papel dos avós? Uma frase emblemática do Papa Francisco pode ser a resposta simples e muito direta: “salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos” porque os alicerces da vida estão na nossa memória. Para esta Jornada que se aproxima, para além de tanto e tão frutuoso trabalho, é indispensável esse algo que os avós não podem nunca descurar porque «a sua oração pode proteger o mundo, ajudando-o talvez de modo mais incisivo do que a fadiga de tantos».
“Aos avós, peço para acompanhardes com a oração os jovens que estão prestes a celebrar a JMJ Aqueles jovens são a resposta de Deus aos vossos pedidos, o fruto daquilo que semeastes, o sinal de que Deus não abandona o seu povo, mas sempre o rejuvenesce com a criatividade do Espírito Santo.” (2)
Desejamos todos, Jovens e Avós, que a Jornada Mundial da Juventude seja, também, um grande e frutuoso encontro de gerações!