Herbert Marcuse, (1898 – 1979) filósofo da Escola de Frankfurt, no seu livro Eros e Civilização traçou, na década de 50, com toda clareza, o programa da revolução hippie, da revolução sexual e do pacifismo. Foi o mestre da revolução cultural do Ocidente nos anos 60, num misto de eros, prazer e erotismo.
Fez uma junção do pensamento de Freud e Marx para defender a tese de que reprimir o sexo é extremamente agressivo e para superar tal agressividade, os americanos precisavam de fazer guerra.
Enveredando pela linha freudiana, defendia que a civilização é repressiva porque enfraquece as pulsões ao querer civilizá-las, pretendendo assim substituir o sistema institucional por outro, mais livre constrangimentos morais.
Na sua ideologia, a força motriz da revolução já não se encontrava na luta de classes ou no desenvolvimento económico, mas numa psicologia que exaltava os instintos individuais e as pulsões sexuais transformando-os em “valores políticos”.
Seria necessário, então, que o homem reprimido, puritano, faça sexo. Assim surge a célebre frase de Marcuse: faça amor, não faça a guerra. A revolução hippie foi fruto directo do pensamento de Marcuse. Fazendo sexo os jovens tornar-se-iam pacifistas, não fariam guerras e o sistema capitalista caía. Assim, o movimento hippie e Woodstock, que pareciam ser o fim do modelo da sociedade americana, fruto de um capitalismo decadente e materialista, na realidade foram fenómenos inoculados pelos marxistas.
A Escola de Frankfurt para alavancar a revolução marxista mudando a forma da pessoa se relacionar com a sua própria sexualidade, percebeu que ao impor um novo padrão de sexualidade, a implantação de uma sociedade socialista se tornava mais fácil. Porém, para que os jovens da década de 70 transgredissem, violentassem a própria consciência e as regras morais, foi necessário promover o consumo das drogas, para que a libertinagem sexual fosse vivenciada. Só assim conseguiam dizer não à moral cristã.
Enquanto os EUA viviam Woodstock e a revolução cultural, no Brasil alguns autores comunistas inventaram as novelas para pouco a pouco, com o apoio dos media, introduzirem conceitos de conteúdo revolucionário no seio da sociedade, como o divórcio, o aborto, a liberdade sexual e a promoção da cultura homossexual, destruindo assim o cristianismo e a família tradicional. Do Brasil, as novelas levaram a revolução cultural para Portugal e depois para o resto do mundo.
Recordemos que para se compreender bem o pensamento marxista, é necessário afirmar e convencer que a verdade não existe. Enquanto houver fixação na verdade e na lógica, não será possível aceitar esta ideologia. O marxista considera que tudo o que existe de realidade racional é fruto da criação humana. Não existe Deus, nem Verdade que determine o agir humano.
O revolucionário não busca a verdade, pois não crê na sua existência.
Porém, “ A Verdade vos libertará”, diz-nos S. João 8, 32. De que verdade se tratará? Da verdade sobre a nossa condição de sermos filhos de Deus.
A religião é a rebelião mais brutal que se possa imaginar, a subversão mais insuportável contra todas as formas – evidentes ou dissimuladas – de totalitarismo. O homem que não se resigna a viver como um animal, rebela-se contra a escravidão de viver sem outros horizontes, agrilhoado e angustiado num materialismo redutor, numa miserabilidade terrena e efémera.
O Homem é por natureza um ser racional, social e religioso. Negar-lhe estas características não é ciência, mas ideologia. Mentira, de uma estratégia para lhe retirar a dignidade, para ser manipulado, esvaziado do seu contexto, sem referências, sem família, sem passado e sem Deus.