Skip to content

Ciranda da Vida – Uma história III

  • Novembro 6, 2023
  • Cultura
  • Ernesto Lauer
A foto acima apresenta o autor recebendo a capa de bicho do Direito (PUCRS/1965)

 

Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança
(Cecília Meireles).

 

Quando escrevo colunas sequenciadas, entre anterior e seguinte, valei minha esperança em busca das lembranças de um tempo a povoar minha cabeça.  Gostaria de retroagir em pessoa, andar pelo tempo como numa utópica máquina, a remeter-me aos anos desse significativo espaço temporal. E assim continuo minhas reminiscências:

Depois de algumas idas e vindas a Porto Alegre, na nova relação comercial com a empresa Cauduro & Irmãos Ltda, a acanhada loja da família tomou vulto e expressão. Em Montenegro podia-se encontrar alguns produtos esportivos, nunca o suficiente para um time inteiro; agora, esse maior estoque já existia na Loja Lauer & Kauer.

O relacionamento assim seguiu; novos produtos surgiram, como taças, troféus, medalhas e cartões de prata, especiais para os eventos esportivos. Com o andar do tempo, já desfeita a sociedade, a agora Casa Lauer especializou-se em materiais esportivos, em toda a sua gama de produtos. Por isso o seu Arno vendeu a loja de calçados para o seu Konsen, que abriu a Loja Cinderela, ainda hoje remanesce.

O Elohy Cauduro resolveu casar com a dona Dirvânia e convidou meus pais para o casamento (não lembro se não padrinhos?). Sei que eles foram (meu pai nunca teve carro, mesmo sabendo dirigir); como! Não recordo. Talvez tenham dormido na casa da madrinha Ilma. Lembro que voltaram deslumbrados com a cerimônia, falando da beleza da noiva e da especial cerimônia e festa.

A amizade plasmou, sedimentada no bem-querer; do novel casal, com o tempo, filhos nasceram e foi uma alegria virem a Montenegro, apresentar os dois meninos. Eu estava de saída, mas fui até o carro conhecer as crianças – O Fredi acho que estava brabo, tinha chorado e não simpatizei muito; o outro, Rogério, era menor, moreninho, mais calmo. A dona Dirvânia, muito polida e educada, era de um falar manso; muito bonita.

E foi assim que travei meu primeiro conhecimento com a família de Dirvânia e Elohy Cauduro. O casal ainda teria uma menina, com a qual nunca mantive um maior relacionamento. Por esse tempo já contava perto dos 15 anos de idade. O pai ensinou-me o caminho da rodoviária de Porto Alegre até a Loja Cauduro na rua Voluntários da Pátria, 75; seguidamente ia de ônibus até lá, buscar mercadorias e levar taças e troféus para gravar.

O Elohy apresentou-me para o seu Hermínio Bittencourt, integrante da diretoria do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense (Ele tinha Chapelaria, quase defronte da Cauduro). Através dele passamos a vender as revistas do Grêmio e depois tornou meu pai Cônsul do Grêmio. Gostava muito de ir no 5º andar do Edifício Brasília, onde ficava a sede do clube e comer empada no bar ali localizado.

 

 

O tempo corre e nos faz avançar em idade e compromissos. E o primogênito de Luiza e Arno Lauer partiu para a Faculdade de Direito (PUC), lá pelo ano de 1965. No primeiro ano morei na Capital com amigos daqui – Pensão Seleta, Pensão da Riachuelo e Galeria Nação, na Dr. Flores. Nos quatro anos seguintes viajei diariamente a Porto Alegre – saia no ônibus das 6h e voltava naquele de 11h45min, com o banco nº 4 sempre reservado para mim.

Nessas idas e vindas, por muitas vezes fui buscar mercadorias na Loja Cauduro, ou o amigo Elohy mandava entregar na Rodoviária. Já em 1967 trabalhava com o Dr. Schüler, no período da tarde e dava aula no curso ginasial noturno do São João. Foi a época em que deixei totalmente as atividades na loja da família; também deixei o maior relacionamento com a família Cauduro.

E o tempo continuou andando; advogado formado, fazendo política, fui eleito vereador por duas legislaturas – 1973 – 1976 e 1977 – 1982, quando ingressei no Ministério Público, depois de regular concurso de provas e títulos. Exerci minha atividade pública por diversas comarcas circunvizinhas; em 1989 fui promovido para Porto Alegre – DAÍ COMEÇOU O RELACIONAMENTO COM A POQUER!

Categorias

  • Conexão | Brasil x Portugal
  • Cultura
  • História
  • Política
  • Religião
  • Social

Colunistas

A.Manuel dos Santos

Abigail Vilanova

Adilson Constâncio

Adriano Fiaschi

Agostinho dos Santos

Alexandra Sousa Duarte

Alexandre Esteves

Ana Esteves

Ana Maria Figueiredo

Ana Tápia

Artur Pereira dos Santos

Augusto Licks

Cecília Rezende

Cláudia Neves

Conceição Amaral de Castro Ramos

Conceição Castro Ramos

Conceição Gigante

Cristina Berrucho

Cristina Viana

Editoria

Editoria GPC

Emanuel do Carmo Oliveira

Enrique Villanueva

Ernesto Lauer

Fátima Fonseca

Flora Costa

Helena Atalaia

Isabel Alexandre

Isabel Carmo Pedro

Isabel Maria Vasco Costa

João Baptista Teixeira

João Marcelino

José Maria C. da Silva...

José Rogério Licks

Julie Machado

Luís Lynce de Faria

Luísa Loureiro

Manuel Matias

Manuela Figueiredo Martins

Maria Amália Abreu Rocha

Maria Caetano Conceição

Maria de Oliveira Esteves

Maria Guimarães

Maria Helena Guerra Pratas

Maria Helena Paes

Maria Romano

Maria Susana Mexia

Maria Teresa Conceição

Mariano Romeiro

Michele Bonheur

Miguel Ataíde

Notícias

Olavo de Carvalho

Padre Aires Gameiro

Padre Paulo Ricardo

Pedro Vaz Patto

Rita Gonçalves

Rosa Ventura

Rosário Martins

Rosarita dos Santos

Sérgio Alves de Oliveira

Sergio Manzione

Sofia Guedes e Graça Varão

Suzana Maria de Jesus

Vânia Figueiredo

Vera Luza

Verónica Teodósio

Virgínia Magriço

Grupo Progresso de Comunicação | Todos os direitos reservados

Desenvolvido por I9