Dia primeiro de Dezembro em Lisboa, uma multidão passeava na Baixa-Chiado, esplanadas cheias, uma temperatura amena, muitas compras, muita azáfama.
Da Praça do Comércio ao Marquês de Pombal grandes iluminações, bonitas, mas quando nos advertem que temos de poupar na energia, fiquei um pouco confusa…
Muitos Centros Comerciais estavam igualmente atapetados de clientes em busca do “Presente ideal para o Natal”.
É bonito ver tanta vitalidade, tanta euforia, mas também me lembrei que parece que vivemos em tempos de crise…Será verdade? Ou é só para alguns?
Curiosamente, não obstante todas as montras e lojas terem produtos alusivos à época natalícia, não se vê nem se vislumbra nada que corresponda à essência da “efeméride”, o nascimento de Jesus, numa pobre gruta de Belém…
Para crentes ou não crentes, esta é a verdadeira origem da celebração do Dia de Natal.
A festa comercial, a reunião familiar, as iguarias alusivas são meras superficialidades. Nenhuma religião se ofende ou se magoa, nem os ateus ou agnósticos deixam de entrar na onda do consumo natalício, nem recusam receber o subsídio de Natal…
É curioso, como numa sociedade que quer negar as raízes cristãs da Europa, num tempo em que a família se desmoronou e os valores cristãos são substituídos por uma amálgama relativista de meias verdades, ainda se insista no “preconceito” de celebrar de forma pagã, o dia do nascimento do Filho de Deus-Jesus Cristo.
Mundo de incoerências, de contradições, de alienações, onde nada parece fazer sentido, tão diferente é o que se diz do que se faz…
Porém, verdade seja dita, o Centro Comercial Amoreiras, todos os anos, ao longo da sua escadaria, homenageia o verdadeiro “Conceito de Natal,” com um majestoso Presépio, sempre muito admirado e visitado por filhos, pais e avós, que embevecidos se reveem na tradição dum Natal com Jesus, Maria e José.