Caminhavam para Belém, Maria e José, pois saíra um decreto de César Augusto para que todos se recenseassem na sua terra de origem e eles descendiam de David.
Levavam uma mula pois Maria estava grávida e a criança não tardaria a nascer.
Já na cidade, ninguém os quis receber apesar das súplicas de José que chamava a atenção para o estado da sua esposa. Nem toda a gente foi tão fria, porque ao longo do caminho encontraram pessoas que os ajudaram e até presentearam com leite e queijo já que a maioria eram pastores. Restava-lhes a estalagem, mas a sorte não mudou, estava cheia!
Maria consolava José que cabisbaixo nem queria acreditar que Deus os tivesse abandonado. Maria dizia – Deus nunca abandona ninguém.
Entretanto, veio ao encontro do casal, uma velhinha que lhes pareceu já ter encontrado na vinda de Nazaré. Na verdade, era uma pastora que pertencia aos grupos com que confraternizaram e lhes disse conhecer umas grutas perto de Belém onde poderiam recolher-se. Maria sorriu com o sorriso mais lindo que olhos humanos alguma vez enxergaram. Muito agradecidos seguiram a pastora e o grupo ia crescendo pois muitos outros pastores também queriam ajudar. Na verdade tornaram o estábulo quase acolhedor, onde não faltou uma caminha na manjedoura, para o Menino que ia nascer. E Maria continuava a sorrir e a cantar com as crianças.
Era quase meia- noite, do dia 24 de Dezembro quando um coro de anjos assinalava já o nascimento de Jesus. Vieram mais pastores e mais anjos cantavam enquanto Maria sorria.
Já era 25 de Dezembro já era Natal e os pastores adoravam o Menino enquanto os anjos cantavam:
Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade