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María Zambrano, 1904-1991  

  • Janeiro 8, 2024
  • Cultura
  • Rosarita dos Santos

 

Nossa autora María Zambrano nasce em 1904, em Málaga, na costa sul de Espanha, e morre no ano de 1991, em Madrid; ela nasce em uma família de professores, seu pai e sua mãe, e também seu avô paterno, diretor de escola. Mesmo que nosso conhecimento sobre a autora seja escasso, ela é considerada pelas autoridades competentes como uma intelectual, uma filósofa, uma literata, uma ensaísta e uma poeta compromissada com seu tempo e suas preocupações com o destino da comunidade.

María Zambrano foi uma economista, doutora em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Itália, e mestre em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, no Brasil, em Belo Horizonte. Além disso, sua obra literária revelou-se essencial para a consolidação da literatura espanhola contemporânea, pois ela sempre defendeu a cultura. Entretanto, o desenvolvimento de sua obra aconteceu em grande parte fora de sua terra natal, pois a partir de 1939 ela decide pelo exílio, tendo vivido, então, em diferentes continentes e em vários países, sempre expondo seus pensamentos e suas poesias; o retorno a seu país acontece em 1980, em Madrid.

Já idosa, recebeu as duas maiores láureas literárias concedidas em Espanha: o Prêmio Príncipe das Astúrias, em 1981, e o Prêmio Cervantes, em 1988. A autora produziu mais de trinta livros, aproximadamente cinquenta artigos avulsos, e traduziu também mais de vinte textos de filosofia, política e sociologia para o francês e o inglês. Para ela, filosofia e poesia são exercidas em igualdade, a saber, uma e outra se conjugam.

Foi no exílio que nasceu sua importante obra “Filosofia e poesia”, então no México (1971), em que o pensamento e a irracionalidade estabelecem um campo comum.

Vamos agora, conhecer dois poemas de nossa autora, dentre a quantidade de sua produção.

Primeiro, “Que tudo se acalme” : “Que tudo se acalme como uma lamparina / Como o mar se ele sorrir, / como seu rosto se você esquecer de repente. / Esquece porque já esqueci / de tudo. Nada sei. / Perto de ti nada sei. / Nada sei sob tua sombra, amarela / semente da árvore do  esquecimento. / E, tudo voltará a ser como antes. / Antes, quando nem tu nem eu havíamos nascido. / Mas por acaso nascemos? Ou talvez não, / ainda não. / Nada, ainda nada. / Nunca nada. / Estamos presentes sem pensamentos. / Lábios sem suspiros, mar sem horizontes, / como uma lamparina, / expandiu-se o esquecimento.”

Segundo, “Agua pensativa” : “A água pensativa / pensa ou sonha? / A árvore que se inclina buscando sus raízes / o horizonte, / esse fogo intocado, / pensam ou sonham? / O mármore foi ave / alguma vez; / o ouro, chama; / o cristal, ar ou / lágrima. / Choram seu perdido vigor? / Por acaso são memória de si mesmos / e detidos se / contemplam já para / sempre? / /se me contemplas, / quê resta?”

Sabemos que María Zambrano era dotada de um profundo interesse por tudo e por todas as pessoas que a rodeavam, desde jovem, o que sempre inundou sua busca constante de conhecimento e de retorno intelectual em seus textos. Ela é considerada como a personalidade espanhola mais importante do século XX. Aqui terminamos a apresentação desta autora com o entusiasmo renovado de sempre encontrarmos inteligências que nos ajudem a crescer e compreender melhor o mundo.

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