De há uns tempos a esta parte tem sido uso e abuso fustigarem-nos acerrimamente com muitos discursos de comentadores doutoralmente opinativos, qual aula magistral para alunos imbecis, que não percebem nada de nada, nem querem perceber.
Mais uma vez, em tempo pré-eleitoral, somos presenteados pelos canais televisivos com entrevistas aos candidatos.
O entrevistador, regra geral, apresenta-se com o seu trabalho, elaborado sobre as questões a fazer aos senhores políticos, estruturado e com normas.
A seu tempo, cada um dos entrevistados dará a sua resposta, que é naturalmente ouvida e compreendida pelo telespectador, que é suposto saber discernir, mesmo quando as respostas são um pouco tergiversadas, ao qual também já nos fomos habituando.
Qualquer cidadão do nosso país já viu, ouviu e leu, sabe o que se passa, o que se diz e o que se omite, logo estará em condições de avaliar os debates pelo seu próprio entendimento e capacidade de compreender.
Agora interrogo-me eu: qual será a necessidade ou pertinência de após um debate, se apresentarem opinadores tão zelosos em nos querem fazer acreditar, não no que ouvimos mas no que eles querem que nós oiçamos?
Será que pensam que os telespectadores são estúpidos? É a única justificação que me ocorre para nos abalroarem com tanto palavreado muito bem orquestrado, o qual de inocente não tem nada.