Março é tradicionalmente o mês dedicado a S. José, protetor da única criatura concebida sem pecado, a Virgem Maria, e também do próprio Deus encarnado, Jesus Cristo. S. José pai adoptivo de Jesus, foi escolhido para uma grande missão. Em 1870 o Papa Pio IX proclamou S. José como patrono da Igreja Universal. Da mesma forma que se dedicou a sustentar e zelar por sua família em Nazaré, ele o faz quando intercede por cada um dos filhos que são membros do Corpo Místico de Cristo: a Igreja. S. José era um homem justo cheio de misericórdia. Era sensível à voz de Deus, que se apresentou a ele por meio de quatro sonhos; S. José entendeu, acolheu Maria e foi obediente na missão que lhe foi confiada.
O Papa Francisco diz que S. José não tem uma obediência passiva perante o que Deus lhe comunicava, mas sim com responsabilidade e sabedoria. S. José aceita profundamente o projeto de Deus, portanto, sabe que não é projeto seu. S. José é o Pai da obediência. O Papa Francisco lançou na sua carta apostólica “ Patris Corde “, que S. José amou Jesus com coração de Pai, pois os evangelistas e doutores da igreja, designavam Jesus como filho de S. José. Todos podem encontrar em S. José o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida.
- José dedicou-se com jubiloso desempenho na educação de Jesus Cristo e uma grande solicitude por Maria, sua esposa, Virgem Santa, figura e modelo da Igreja. S. José é um pai amado pelo povo, como se comprova no facto de numerosas Igrejas e Instituições o terem. Inspirado na sua espiritualidade há imensas representações sacras, e muitos Santos terem sido seus devotos, tal como Santa Teresa de Jesus, tendo recebido Graças pela sua intercessão.
- José é Pai da ternura. Com firmeza, constância e fortaleza consegue enfrentar as dificuldades com segurança na procura do bem. A sua coragem não foi provada, mas sim comprovada, diante das fugas para proteger o Menino e sua Mãe.
O Catecismo (1804) recorda – nos que S. José é uma “pessoa virtuosa “ que é aquela que livremente pratica o bem. Na carta sobre S. José, o Papa considerava como em todas as circunstâncias da sua vida S. José soube pronunciar o seu “ fiat”, como Maria na Anunciação. Hoje na nossa sociedade existem filhos que parecem órfãos de pai.
O Papa Francisco diz “ não se nasce pai, mas torna-se pai “ S. José tem a lógica do amor e da liberdade. Soube amar a família, não se colocando no centro, mas colocando Maria e Jesus no centro da sua vida. Não olhemos para as coisas que o mundo louva, olhemos as sombras, as periferias, para aquilo que o mundo não quer. Descubramos o que é válido. Peçamos a S. José que interceda por toda a Igreja, que possa discernir esta capacidade do que é válido. Peçamos por todos os homens e mulheres em situações de marginalidade, e por nós, pela conversão do nosso olhar perante as nossas fragilidades.
S. José caminha com uma meta clara. Caminha até à eternidade, deixa tudo para trás, para iniciar um longo caminho. Deixa os medos, o peso da vida, os planos, aquilo que possui, as tristezas e confia no poder de Deus, e põe-se a caminho. Tem algo para entregar e tem muito a receber. Absorve com olhos de criança a beleza desse caminho. Confia. Vive nas alturas lançando raízes na terra. A fé de S. José não vacila. Humilde e obediente, ele abraçou a missão dada por Deus. Façamos o mesmo seguindo o seu exemplo através do seu eloquente silêncio.