Acabei de ler no vosso/nosso jornal um artigo intitulado: “Parte inferior do formulárioVamos mesmo falar sobre isto? – Uma conversa de gente viva. Ai, esta vida!”, da autoria de Abigail Vilanova. Pelo que me foi dado compreender, uma mãe preocupada ou admirada com o teor duma aula de Sociologia, que uma sua filha teria tido numa Escola Secundária algures-ou agrupamento de qualquer coisa, vulgo, ex Liceu.
Talvez eu não tivesse dado muito importância se não fosse o facto de muitas amigas minhas me terem manifestado a sua perplexidade por os seus netos, alunos do 12º ano em áreas como ciências, terem no seu curriculum a disciplina de Psicologia ou de Sociologia e não conseguirem perceber o conteúdo do que é ministrado, mas só saberem que os meninos gostam muito e até têm 20 valores na nota de avaliação.
O ensino sempre foi a minha vida, de Filosofia e Psicologia, Sociologia e Antropologia, conhecendo e leccionando ao longo dos anos imensos programas pedagógicos, mas convenhamos que hoje o teor destas matérias é o subversivo moral, a perversão sexual, ou a vida íntima de alguns professores… como aliás, está claro no dito artigo que comento.
Numa época e num país onde os alunos entram na Faculdade – segundo dizem muitos professores universitários – sem saberem ler, escrever, contar, pensar, reflectir e falar, fico deveras indignada ou mesmo escandalizada com estas realidades…
Para quando um Ministério da Educação ou da Instrução com coluna vertebral científica, sem ideologias perversas, manipuladoras ou sexualmente debochadas?
É grave, muito grave, diria mesmo criminoso numa sala de aula duma escola pública, paga por nós, pelos nossos impostos, propagarem estes temas, quando há tanto para aprender e para ensinar.
Para quando uma verdadeira e profunda reforma da estrutura organizativa e do contexto e objetivo pedagógico do Ministério da Educação, centrado no nobre e real contributo para o enriquecimento e desenvolvimento individual e social do ser humano?