«A UNESCO promove junto dos seus 195 Estados membros o Dia Mundial da Ciência ao serviço da Paz e do Desenvolvimento, no dia 10 de novembro.
Nas mensagens dos seus diferentes Diretores Gerais, tem reiterado que a sua visão da ciência é promotora do desenvolvimento económico, social e cultural das nações e dos povos. Isto na perspetiva da paz e de um desenvolvimento sustentável, apelando ao papel crucial dos cientistas, dos professores e educadores e dos jornalistas. Estes últimos poderão contribuir para a chamada de atenção para os atributos positivos e as consequências benéficas da investigação e do conhecimento científico. »
A PAZ E O BEM COMUM
A Encíclica Populorum Progressio do Papa S. Paulo VI deu decididamente uma orientação no campo social, que até àquele momento tinha sido abordada numa óptica prevalentemente europeia.
O Papa ensinou que o novo nome da Paz é o desenvolvimento humano integral: o desenvolvimento de cada homem e de cada mulher é também o desenvolvimento de todo o mundo, porque a humanidade é uma grande família.
O Papa Paulo VI quis abrir horizontes de alegria e esperança.
Podemos salientar alguns conteúdos desta Encíclica
- Escutar os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho.
- A consciência da missão de serviço dos diferentes Estados perante pessoas e ambiente.
- Referência às diferenças glamourosas nas situações de pessoas e seus bens.
- O apreço pela cultura e pela civilização técnica que contribuem para a libertação do homem, sem deixar de reconhecer os seus limites.
- As nações mais desenvolvidas ajudam países que estão
Em vias de desenvolvimento.
Na Questão Social a Encíclica chama a atenção para o problema da distribuição desigual dos meios subsistentes destinados a todos os homens e a obrigação moral de acordo com o grau de responsabilidade nas decisões pessoais e governamentais, onde a obrigação moral é um dever de solidariedade.
O Papa S. Paulo VI salientou a seguinte frase: “O desenvolvimento é o novo nome da Paz “. Neste momento podemos realmente verificar que existem “somas “de dinheiro que poderiam ser destinadas ao desenvolvimento dos povos e são utilizadas para o enriquecimento de indivíduos, grupos ou então para aumentar o arsenal de armas quer em países desenvolvidos e menos desenvolvidos, alterando assim as verdadeiras prioridades.
Podemos também examinar a divisão do mundo em blocos ideológicos, com as consequentes repercussões, dependências económicas e políticas que isso acarreta.
Em relação à necessidade de salvaguardar a Natureza como bem comum, em tempo de guerra, verificamos que os problemas atuais dão origem à deterioração do meio ambiente, onde ecossistemas são destruídos, os poluentes
tóxicos contaminam o solo, a água etc.
Alguns problemas têm efeito planetário, como o efeito do degelo, a massiva desflorestação amazónica, armas químicas que deixam rastro tóxico no ambiente….
O respeito ecológico ajuda o desenvolvimento humano, porque facilita as maravilhas da Criação.
O uso dos recursos minerais, vegetais e animais, não podem ser desvinculados do respeito às exigências morais.
O individualismo, o divórcio entre política e poder, a influência do Estado, são algumas causas para o afastamento do bem comum.
Com a crise climática atual, pergunto: Onde está o nosso bem comum? A nossa saúde ambiental? E a Paz?
Há uma tendência a subestimar os impactos da guerra sobre o ambiente. Assim a população não tem qualidade de vida.
O bem comum está na base do direito à legítima defesa pessoal e coletiva.
O Papa Francisco pediu dizendo: “A Paz como Caminho de Esperança, Diálogo, Reconciliação e Conversão Ecológica
“A Paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos afirmou (Albert Einstein).