A verdadeira “guinada” que deram os generais e graduados similares da ativa das Três Forças (Exército, Aeronáutica e Marinha), de uma hora para outra, ”pulando” de galho da direita para a esquerda, passando a beijar os pés de Lula, após a sua suspeita eleição em outubro de 2022, tem uma explicação muito simples pela lógica dos acontecimentos, principalmente pelo “calendário” das promoções nessas instituições.
Nessa “conta” estão totalmente descartados os militares que já tinham passado para a reserva em outubro de 2022, mês das últimas eleições presidenciais, evidentemente se válida fosse a concepção que anda na boca de todos, de que “militar reformado é como cachorro morto, e pode ser chutado à vontade”. E nesse período conturbado da história política brasileira, ouviu-se e leu-se com muita frequência “xingamentos” fortes de generais e outros oficiais superiores “reformados”, principalmente a partir do Clube Militar, contra a esquerda, que estava indicando disputar a Presidência em polarização com a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro. Mas na verdade fizeram muito “barulho”. Nada além disso.
Então é preciso pegar um lápis e um papel para fazer as “contas”. Eu não tenho esses dados. Mas muita gente certamente terá.
Hoje fala-se muito em generais “melancias”, que seriam “verdes por fora”, e “vermelhos por dentro”, como melancia é, ou seja, ”comunistas”, ”esquerdistas”, ”socialistas”, ”progressistas”, ou seja lá mais que “isto” seja.
Certamente a partir da devolução do comando do país pelo Regime Militar aos políticos, onde predominavam esquerdistas, antes ”judiados” pelos militares, em 1985, a “orientação” política dada pelo Governo Federal aos comandos militares não descartou com certeza o aspecto “ideológico” da indicação e da promoção. Dizer que o Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas, não tivesse qualquer influência nas promoções militares, não passa de conversa para “boi dormir”, ou para “enganar bobo”.
Considerando a certeza da inexistência de um só oficial das Três Forças na ativa em outubro de 2022,que tenha participado, de alguma forma, do Regime Militar de 1964 a 1985, ou promovido nessa época, TODOS OS DEMAIS o foram nos governos posteriores de esquerda, de 1985 a 2018. A exceção fica por conta dos oficiais promovidos durante a gestão do Presidente Jair Bolsonaro, de 2019 a 2022.
Fica muito fácil, portanto, concluir sobre o verdadeiro “exército” de oficiais e generais “melancias”, contra os minguados “pelotões” de militares “não-melancias”, promovidos no tempo de Bolsonaro, e que deram uma verdadeira “rasteira” no então Presidente, e nas suas reiteradas reclamações sobre a falta de “lisura” nas eleições presidenciais, preferindo “relaxar e gozar”, como diria Marta Suplicy, ou tentar arranjar alguma “boquinha” no novo governo.
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