O Ocidente sofre uma crise pandémica e parasitária de wokismo = doença desordenada do pensamento que priva as pessoas de pensarem racionalmente. Altamente preocupante na medida em que o contágio destas ideias delirantes conduzem a uma loucura colectiva ou contágio mental.
As teorias woke desenvolveram-se inicialmente nas universidades, facto que nos conduz a questionar como foram aceites e divulgadas com uma aparência snob de elitismo intelectual.
Uma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura. A seriedade e a ausência de questionamento de si mesmos caracterizam o pensamento woke. A falta total de sentido de humor e de incapacidade para dialogar, revelam claramente o seu caracter totalitário, fanático e, aparentemente, sedutor. Todo o raciocínio lógico é desconhecido para as suas mentes, logo considerado racista.
A vida virtual gera solidão e solipsismo, desenvolve e fabrica uma consciência de massas, vive de ilusão, de fantasia, de delírio ou perturbação da personalidade que conduz a uma “identidade fluida”. Esta fuga da realidade é alimentada pelas indústrias culturais que colaboram na difusão da ideologia woke, como as séries da Netflix, a Google e muitos outros meios de comunicação social “ocidental”.
Zygmunt Baume, sociólogo e filósofo polaco contemporâneo, descreveu a nossa sociedade como “sociedades líquidas”, onde o valor supremo é a impermanência universal, que o indivíduo se esforça por vivenciar, com jogos em torno dos limites do corpo e das identidades que por serem flutuantes, seduzem para deslizes universais, quer se trate de droga, de jogos em torno das identidades sexuais ou experiências de descorporização”.
Muitos militantes woke são diplomados em “Estudos de Género”, em “Estudos Pós-coloniais” e em “Estudos sobre a Raça”, e por conseguinte sentem-se autorizados a considerar sem valor todo o conhecimento do qual discordam.
Os wokes seguem a norma de impedir de falar ou de ensinar todos aqueles que não estão de acordo com as doutrinas que propagueiam. Por isso ousam manifestar-se contra a ida de um ou outro palestrante às universidades, bloqueando o acesso às conferências, impedindo os seus adversários de falar, rotulando-os de “reaccionários”, “racistas”, “fascistas”, “homofóbicos”, etc.
Esta chamada “nova religião” anuncia de forma provocatória e grande vitalidade a teoria do género, professando que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é o que importa. Alia-lhe ainda outras componentes da ideologia woke, as teorias críticas da raça, afirmando que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa racializada o é.
Os wokes do ponto de vista epistemológico defendem que todo o conhecimento é situado e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas, recusam a linguagem comum e, radicalmente, negam a existência da realidade comum.
O objectivo dos wokes é desconstruir todo o património cultural, civilizacional e científico para a instauração de uma ditadura em nome dum pseudo bem e de justiça social.
Jean- François Braunstein explica e contextualiza no livro “A Religião Woke”, toda esta estratégia apoiada por textos, teses, conferências e ensaios, em que denuncia, cita e explica profundamente, esta pseudo nova religião que, estrategicamente, procura destruir a liberdade e a humanidade.