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A ida de Pelosi a Taiwan e a reação chinesa “histérica”

  • Agosto 8, 2022
  • Política
  • Sérgio Alves de Oliveira
O alvoroço feito pelo Governo e pelas Forças Armadas chinesas  em torno   da visita  da Presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos  à Taiwan,ou República da China, Nancy Pelosi, onde aterrissou  em 1º de agosto, mais parece reação de retardados mentais. De gente absolutamente desequilibrada.De gente  “sem noção”. De autoridades “arrogantes” e “estúpidas”.

Minha curiosidade se liga principalmente  ao que poderia estar pensando dessa história toda ,”lá no “fundo”, o próprio povo chinês, não ligado à cúpula dos privilegiados do Partido Comunista Chinês, de mais  de  1 bilhão de pessoas, sobre essas ridículas e permanentes ameaças de Xi Jinping de invadir Taiwan militarmente, reclamada indevidamente  como “propriedade” chinesa, “remanescente”,que ficou para “trás” da Revolução Comunista Chinesa,ou “Revolução Cultural”, liderada por Mao Tsé Tung, em 1949.
Será que o povo chinês não fica “envergonhado” dessas ridículas  ameaças do seu governo à Taiwan ? E ao seu Povo? Ou talvez “neutralizados” pela lavagem cerebral escravista recebida dos tiranos que os governam desde 1949? E agora por uma “coisa” pior do que foi Mao Tsé Tung,? O tirano  Xi Jinping? Por que Mao não insistiu na absorção de Taiwan, deixando a Ilha livre, e Xi o faz agora?
Talvez dê para entender essa reação exacerbada chinesa contra os Estados Unidos, pela “inconveniente” visita de Pelosi a Taiwan, porque uma ditadura, como a chinesa, jamais iria compreender o sentido da tripartição dos poderes constitucionais no mundo livre,e que o Poder Legislativo dos Estados Unidos, no caso representado  pela Presidente da Câmara, tem absoluta autonomia em relação aos outros Poderes, e por essa razão   a “Casa Branca” não poderia interferir  na decisão e ida  de Pelosi à Taiwan.
Outra questão absolutamente incompreensível é o fato dos Estados Unidos estarem alinhados à maioria dos países, e à própria ONU,que se “acovardam” em reconhecer a independência,a soberania e a  autodeterminação de Taiwan, que se configuram à luz de todas as teorias que presidem a legitimidade dos Estados Independentes.
Dentro dessas teorias merecem destaque:
(1) O PRINCÍPIO DAS NACIONALIDADES,defendido por Mancini,em 1851,no sentido de que as populações ligadas entre si por identidade de raça,lingua,costumes e tradições, formam naturalmente uma nação, e devem se reunir num só Estado. À luz dessa doutrina, a Grécia se tornou independente em 1829, foram separadas a Holanda e a Bélgica, em 1830, e a Itália unificou-se em 1859. A postura dessa doutrina é a “não-intervenção”;
(2) A TEORIA DAS FRONTEIRAS NATURAIS, defendida por Napoleão Bonaparte, segundo a qual o território seria complemento indispensável da nação. Em nenhum outro lugar do mundo  se aplicaria essa doutrina  tão bem quanto  em Taiwan, uma ilha marítima; e
(3) A TEORIA DO LIVRE ARBÍTRIO DOS POVOS, segundo a qual somente o livre consentimento do povo pode presidir a existência dos estados.É a defesa da autodeterminação dos povos, com base na filosofia liberal do Século 18, defendida por J.J.Rousseau, adotada na Revolução Francesa, e na Doutrina de Wilson, em 1919. Será que algum, um só taiwanês concordaria com a anexação da sua Ilha  pela soberania chinesa? Será que concordaria em  trocar o PIB “per capita”,e o  IDH, que têm em  Taiwan,respectivamente, de 36 mil USD,e 0,917, contra os 10,5 mil USD,e 0,761 da China Comunista? Será que a inversa não seria verdadeira, e que o povo chinês é que gostaria  de ser absorvido por Taiwan, bem mais desenvolvida que a China, com liberdade de imprensa, melhor educação, liberdade econômica e outros indicativos socioeconômicos melhores?
Na verdade foram os comunistas que separaram  a maior parte, a parte “Continental”, do território chinês, como estava configurado desde a sua fundação, em 1912, mediante o processo “secessionista”,”remanescendo” a Ilha de Taiwan,tambémn chamada  Ilha Formosa,que por diversas razões não acompanhou os “separatistas”.
Mas toda essa confusão relativa à conflituosa relação entre a China e Taiwan, deve-se num primeiro plano ao papel “sujo” que a ONU fez ao longo do tempo. A “antiga” China,que era integrada  pelo território e povo de Taiwan,foi fundadora da ONU,em 1945. Inclusive integrava o Conselho de Segurança   Permanente dessa organização. Mas tudo mudou com e Revolução Comunista ,de Mao Tsé Tung,de 1949. A “antiga ” China, um dos fundadores da ONU, foi expulsa da organização, em 1971, tendo sido a seu lugar tomado na “marra”, pelos separatistas que formaram a China Comunista, ou República Popular da China. Perante a ONU, Taiwan não existe como país independente e soberano. E tudo não passou de “traição” escancarada da ONU, que alijou Taiwan dos seus quadros, e “cuspiu” na cara do direito internacional.
O que teria  a ONU a dizer sobre essa “palhaçada” da “sua” China, com a visita de Pelosi à Taiwan? De  lançar mísseis ameaçadores no mar  em volta de Ilha, poluindo as águas, e gastando “rios” de dinheiro que poderia ser usado na melhoria da qualidade de vida dos chineses  não-privilegiados do Partido Comunista?
Que “balaca” ridícula seria essa dos chineses? Perderam a vergonha na cara? Será que estariam agindo por  inveja e para tentar esconder do mundo as fantásticas realizações de um povo que conseguiu erguer  uma  próspera nação? Toda essa parafernália agressiva não seria manifesto “recalque” com a prosperidade dos “outros”,que deixaram de escravizar os seus povos para montar um suntuoso aparato bélico não condizente com a pobreza do povo?

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