Essa história que andam contando por aí de que seria “impossível” a transferência do voto dado na urna a determinado candidato para outro nas eleições presidenciais que se avizinham para outu bro,ou seja de que na urna eletrônica o voto poderia ser destinado para um, mas na “totalização” do TSE iria para outro, sem dúvida se trata de legítima história para “boi dormir”.
Essa possibilidade, em tese, poderia prejudicar qualquer candidato, em favor do outro. Poderia favorecer Lula e prejudicar Bolsonaro, ou prejudicar Lula e favorecer Bolsonaro, que segundo as pesquisas estariam “polarizando” a eleição. E quem decidiria qual o lado que seria o vencedor evidentemente seria o “guardião” da chave do computador designado para contar e totalizar os votos, anunciando ele próprio o vencedor, ou alguém da sua confiança, ou “clandestino” qualquer, detentor do “segredo”, eventualmente obtido furtivamente. Ora, se os computadores da NASA foram hackeados, por que os do TSE não poderiam ser?
O que realmente me chamou atenção nas eleições presidencias do mês de outubro próximo é que a única” totalização dos votos “centralizada”no Tribunal Superior Eleitoral-TSE, será o da eleição presidencial, segundo dispõe a Resolução Nº 23.677/21, do TSE, ficando as eleições regionais a cargo dos tribunais eleitorais respectivos. Por que isso?
Parece, portanto, que nos Tribunais Eleitorais de cada Estado seria praticamente “impossível” que um “hacker” qualquer, de forma ordenada e sistemática, oficial, ou clandestino, interferisse nos resultados das eleições,passando os votos de um candidato para outro.
“Contudo, porém, todavia, entretanto”, essa aparente segurança estaria presente também na totalização da eleição presidencial? Centralizada no TSE? Onde o “dono” da chave das eleições, ou algum “hacker”, autorizado ou clandestino, poderia “decidir”o rumo da eleição?
Qual a eleição mais importante de todas, as totalizadas nos TREs, ou a totalizada no TSE? Não estaria concentrado justamente na presidência da república mais de metade de todos os poderes políticos, das três esferas da federação? A “totalização” dos votos concentrada num só tribunal, no TSE, não teria algo a ver com isso?
Apesar da minha quase completa “ignorância” do mundo da informática, de computadores, etc, não sou “burro” a tal ponto de acreditar que a segurança da programação das eleições e das “salas-cofres” não pudesse ser invadida e manipulada à vontade pelo “dono” da chave, ou algum “preposto”. E também não sou “burro”o bastante para acreditar que o simples “encosto” de quase metade das Forças Armadas na “cola” do TSE para “fiscalizar” as eleições afastaria qualquer possibilidade de alteração dos resutados.
Esclareça-se, entretanto, para que não haja mal-entendidos, que de forma alguma estaríamos afirmando ou insinuando que haverá fraude na eleição presidencial de outubro, porém meramente aventando a POSSIBILIDADE de que isso venha a acontecer, por meras questões “técnicas”, não morais ou políticas. Por isso essa “tese” da absoluta segurança da apuração das eleições presidenciais, propagada pelo TSE, não tem qualquer fundamento.