Num escaldante fim-de-semana, que Sharon Tate, casada com o realizador de cinema Roman Polanski, foi brutalmente assassinada. Tinha 26 anos e estava grávida de oito meses e meio.
O crime tinha sido encomendado por Charles Manson e foi executado por quatro membros da sua família, seguidores da seita satânica a que pertenciam e da qual Manson defendia ter poder profético e ser escolhido pelo Messias.
O grupo de assassinos executou ainda outras mortes muito violentas, vivia num rancho nos arredores de Los Angeles, numa comunidade de hippies. A seita consumia drogas como LSD de forma regular e organizava orgias.
Charles Manson e os quatro assassinos foram condenados à morte, sentença que depois foi reduzida para prisão perpétua quando foi anulada a execução de criminosos no Estado da Califórnia. Em 19 de novembro de 2017, Charles Manson morreu de causas naturais no hospital Mercy de Bakersfield (Califórnia). Tinha 83 anos e estava havia quase meio século na prisão.
Manson era um ex-presidiário desempregado que havia passado mais da metade de sua vida em instituições correcionais na época em que começou a reunir seus seguidores. Antes dos assassinatos, era cantor e compositor de música em Los Angeles. Embora pouco conhecido influenciou alguns músicos da cultura pop, a qual se tornou um emblema de insanidade, de violência e do macabro.
Pode impressionar conhecer estes factos, mas talvez nos possam ajudar a compreender muitas das circunstâncias em que vivemos, onde o satânico se mistura com a música, a arte, o cinema e, sem darmos conta, foi-se alastrando e embrenhando levando o terror, o medo e a insegurança ao mundo ocidental.
Longe vão os tempos em que estas coisas só aconteciam na América…