São vários os seguros à nossa disposição: de saúde, de casa, de automóvel, de empregados… Porém nenhuma companhia de seguros está capaz de garantir um futuro seguro, isto é, um seguro permanente, que abranja um tempo longo, todo o futuro e, simultaneamente, completo. Falamos do que realmente interessa: garantir um futuro sem problemas e para sempre. Será isso possível? É sim, e essa segurança é garantida pela palavra e exemplo de Cristo.
O tema é oportuno durante o mês de Novembro por ser o mês dedicado às pessoas que já saíram do tempo da esperança e entraram no tempo da certeza. Vamos falar então do concreto que nos diz respeito.
Quem conhece o futuro? A única resposta verdadeira é: só Deus. Logo a seguir ao pecado original, quando um Anjo expulsou Adão e Eva do paraíso, prometeu que enviaria um Salvador. O futuro dos homens ficou garantido, mas eles ainda teriam de esperar longos anos. Quando Jesus veio ao mundo, ensinou como os homens se deviam comportar para garantir a sua felicidade eterna.
Parte importante está contida no Sermão da Montanha. Outra parte consiste na explicação dos Mandamentos da Lei de Deus entregues a Moisés no Monte Sinai. Para fortalecer a segurança dos ouvintes, curava muitos doentes e milagres de outro tipo: pescas milagrosas, acalmar tempestades, caminhar sobre água, multiplicar pães, ressurreição de mortos, etc.
Entre o ouvir e o fazer é necessário querer. Mudar de vida, mas abandonar crendices, vícios e pecados é difícil e trabalhoso. Valerá a pena? A Virgem Maria achava que sim, que deviam “fazer tudo o que Ele (Jesus) vos disser” como disse aos criados nas Bodas de Caná. Os homens são livres e podem escolher, e nem todos seguiram este conselho. Que acontece então a quem faz, e a quem não faz, o que Jesus diz?
Nos dois casos, acontece uma única realidade comum: o futuro é seguramente eterno, isto é, para todos quantos nasceram, o que receberem no juízo final será para sempre, eterno. Isso é certo, é seguro. Haverá um prémio e um castigo e eterno. Podemos imaginar a superfície de um lago que separa dois mundos: o aquático e o aéreo ambos profundos, mas em sentidos opostos. Um ultrapassa as mais elevadas esperanças humanas, enquanto no outro tudo falta ao seu bem-estar, causando profundos e múltiplos sofrimentos, no corpo e na alma. Logo no juízo particular, os condenados entrarão em sofrimento, mas os não condenados terão um tempo de purificação, pois não há pessoas perfeitas. Todas tiveram defeitos e cometeram pecados.
O Purgatório, esse tempo de purificação, é passageiro e vem acompanhado de uma certeza, uma segurança absoluta: o passo seguinte será um futuro feliz. Nenhuma pessoa viva o experimentou. Não sabemos como é, mas podemos prever meditando nos mistérios gloriosos do terço.
Cristo ressuscitou. É este o primeiro mistério glorioso: o seu corpo mortal ressuscitou como o do Lázaro, mas não voltou a morrer como o deste seu amigo. Além disso, foi o próprio Jesus quem se ressuscitou a si próprio e apareceu aos apóstolos e discípulos durante quarenta dias. Passado esse tempo, subiu aos céus. É o segundo mistério glorioso: a Ascensão. Aqui está patente o nosso futuro, mas este facto testemunhado pelos Apóstolos está apenas visível para os seus olhos. A sua grandeza está limitada aos sentidos e sentimentos humanos.
Apesar disso, o nosso futuro é seguro. Teremos isto e muito mais, à semelhança do que ouvimos no quarto e quinto mistérios: a Assunção de Nossa Senhora (4º) e a sua Coroação e glória dos Anjos e dos Santos (5º). Sim, também os Anjos e os santos, participarão da glória de Cristo Rei e da Rainha sua Mãe.
Vale a pena estudar e formarmo-nos na Fé cristã para cumprir com a vontade de Deus, com o que Ele espera de nós. Assim, o nosso futuro está seguro.