Infelizmente estamos novamente sem governo. O Senhor Presidente da República entendeu que era melhor o país ir a eleições gastar mais uns milhares de euros e obrigar os portugueses a irem às urnas, do que mudar o primeiro-ministro em nome da estabilidade e se nós os continentais nos queixamos o que dirão os Madeirenses que no dia em que estou a escrever vão escolher o novo governo regional.
Todos aqueles que estão minimamente atentos percebem que Montenegro provocou esta crise, não por aquilo que a oposição contesta, mas porque tendo sido rejeitada a moção de censura, não havia qualquer necessidade de ir a votação uma moção de confiança. Montenegro quis entalar o PS? Também tenho algumas dúvidas que seja só isso.
Em aspectos fundamentais como a promoção da vida estes partidos têm uma posição idêntica: o Nim, ou seja, nem sim nem não. Na minha modesta opinião esta crise é muito mais do que uma crise política: é uma crise moral. Apareceram partidos a defender veementemente a Vida sendo contra a eutanásia, o aborto, ideologia de género e portanto há que diaboliza-los, na verdade é que nunca se assistiu no pós 25 de abril as bancadas unidas contra um só partido: o CHEGA que por acaso é o terceiro partido com mais deputados e que veio estragar o uniformismo que existia antes da sua aparição em matérias como a defesa da vida, havia o CDS, mas o número de deputados era tão irrisório que não incomodava ninguém e agora “vendeu- se” para ficar com dois lugares na assembleia , ao PSD. Assim, o grande objetivo quer de Marcelo Rebelo de Sousa quer dos restantes partidos é uma diminuição drástica deste partido tão incômodo para eles.
Eu não sou militante do CHEGA e nas eleições para o Parlamento Europeu votei nulo, contudo temos de refletir no porquê de tanta energia gasta quer no parlamento quer na comunicação social. Estamos numa época de pensamento único em matérias da moral e aquelas vozes dissonantes têm de ser emudecidas. Montenegro no discurso final do congresso do PSD afirmou que iria terminar com o tema da ideologia de género nas escolas, mas nada fez até ao momento.
Sei que a vontade de ficar em casa é grande, mas depois não podemos queixar-nos de leis anticristãs que sejam eventualmente votadas no parlamento e que continue a matança de bebés pois é nisso que consiste o aborto e se Jesus adverte que no juízo seremos confrontados com as nossas omissões o que dirá Ele aqueles que ficaram comodamente no sofá permitindo que cultura de morte permaneça no nosso país? Neste tempo de reflexão convido o prezado leitor a questionar Jesus, Maria e José, vós o que teríeis feito? Em quem teríeis votado?